Que “grito” de vítimas da guerra “toque os corações” dos governantes

31/01/2024 13:34 - Modificado em 31/01/2024 13:34
© Vatican Media via Vatican Pool/Getty Images

O Papa Francisco pediu hoje que a dor das vítimas das guerras toque os corações dos responsáveis das nações e inspire projetos de paz, durante a audiência geral semanal, no Vaticano.

No final da audiência, Francisco recordou que se celebra nesta quinta-feira, em Itália, o Dia Nacional das Vítimas Civis da Guerra.

“Em memória daqueles que caíram nas duas guerras mundiais, agora nos associamos também aos muitos, demasiados, civis que são vítimas desarmadas das guerras que infelizmente continuam a sangrar o nosso planeta, como no Médio Oriente e na Ucrânia”, afirmou Francisco.

“Que o seu grito de dor toque os corações dos responsáveis das nações e inspire projetos de paz”, sublinhou.

Francisco tem pedido repetidamente paz na Faixa de Gaza e na Ucrânia em todas as suas aparições públicas. No domingo, depois de rezar a oração do Angelus, reiterou o seu apelo à comunidade internacional para “ouvir o grito pela paz” das vítimas de todos os conflitos que existem no mundo e para “parar a guerra”.

O Papa afirmou ainda hoje, durante a audiência geral, que a raiva “está na origem das guerras e da violência”, acrescentando que “é um vício destrutivo das relações humanas”.

Francisco explicou que “há homens que contêm a raiva no local de trabalho, mostrando-se calmos e compassivos, mas quando chegam a casa tornam-se insuportáveis para a mulher e os filhos”.

“A raiva é um vício desenfreado: é capaz de nos manter acordados e nos fazer esquematizar continuamente a mente, sem conseguir encontrar barreira ao raciocínio e aos pensamentos”, destacou.

Francisco apontou que a raiva “é um vício destrutivo das relações humanas” porque “expressa a incapacidade de aceitar a diversidade dos outros, especialmente quando as suas decisões de vida diferem das nossas”.

O Papa referiu, no entanto, que “às vezes, é bom que a raiva seja desabafada da maneira adequada” porque “se uma pessoa nunca se irrita, se não se indigna com a injustiça, se não sente algo que lhe abale por dentro com a opressão de uma fraca, então, isso significaria que não é humana, muito menos cristã”.

Lusa

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