Cabo-verdiano Evel Rocha vence 6.ª edição do Prémio Literário Arnaldo França

11/01/2024 11:48 - Modificado em 11/01/2024 11:48

O cabo-verdiano Evel Rocha venceu a 6.ª edição do Prémio Literário Arnaldo França com a obra “Mata-me depois”, atribuído pela Imprensa Nacional-Casa da Moeda (Portugal) em parceria com a Imprensa Nacional de Cabo Verde.

De acordo com um comunicado enviado à Inforpress, a obra vencedora relata a saga do filho de um antigo combatente da pátria que entra na política e se aproveita das fragilidades do regime de então e da ingenuidade daqueles que acreditavam que a mudança política poderia trazer um novo rumo ao país, descrevendo a atmosfera política, cultural e social de Cabo Verde.

De acordo com o júri do Prémio, presidido pelo escritor e professor universitário Manuel Brito-Semedo, trata-se de uma obra que apresenta um tema pertinente e inovador, pela apropriação de um período histórico e político da História de Cabo Verde ainda pouco presente na literatura nacional contemporânea, uma narrativa bem desenvolvida, com uma trama envolvente, sobretudo pelo exercício de prender e cativar o leitor para o desfecho anunciado na primeira página e resolvido em retrospectiva.

Recorde-se que este Prémio Literário, dirigido a cidadãos cabo-verdianos ou a residir em Cabo Verde há mais de cinco anos, visa promover a língua portuguesa e o talento literário neste país africano, bem como homenagear Arnaldo França, figura destacada da literatura e cultura cabo-verdiana.

Além dos 5 mil euros que correspondem ao valor pecuniário do prémio, Evel Rocha terá o seu trabalho publicado pela editora pública portuguesa, a Imprensa Nacional.

Evel Rocha nasceu em Março de 1967 e estudou na ilha do Sal, tendo terminado os seus estudos liceais em São Vicente. É doutorado em Ciências Sociais (2021, Universidade do Mindelo) e em Espanhol: Literatura, Linguística e Comunicação (2023, Universidade de Valladolid, Espanha), graduado em Psicologia, pós-graduado em Poder Local (2010), mestre em Psicologia Counseling (2009) e mestre em Supervisão Pedagógica (2012).

Actualmente, o escritor é membro da Academia de Letras de Cabo Verde e desempenha a função de assessor cultural do Ministério do Turismo, tendo já desempenhado diversos cargos e funções, designadamente, vereador da Cultura, presidente da ARES, director do Gabinete do Ministério da Economia Marítima e professor universitário, tendo também participado em diversas conferências internacionais como orador na área da Literatura.

Versos d’Alma (1997, poesia), Estátuas de Sal (2003, romance), Marginais (2010, romance), Cinzas Douradas (2015, poesia), Cisne Branco (2017, romance), Campo da Fortuna (2018, romance), Belga (2021, romance) e Aguarela Salense (crónicas, Org.) são os trabalhos de Evel Rocha já publicados.

Inforpress

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