Governo vai montar um sistema que permita aos jovens o acesso ao financiamento

3/01/2024 14:45 - Modificado em 3/01/2024 14:45

O Governo está a trabalhar para montar um sistema que permita aos jovens o acesso ao financiamento, de modo a responderem com trabalho, compromisso, responsabilidade, cumprimento de prazo e obrigações para que o sistema possa retroalimentar-se.

A informação foi avançada pelo vice-primeiro-ministro, ministro das Finanças e do Fomento Empresarial e da Economia Digital, Olavo Correia, depois de presidir à cerimónia de entrega de kits de auto emprego aos beneficiários do Programa do Desenvolvimento do Empreendedorismo – PDE II do concelho de Ribeira Grande de Santiago.

Segundo o governante, o Governo tem estado a fazer um “extraordinário” trabalho, sendo que nos últimos anos mais de 45 mil jovens foram formados, cerca de 5 mil unidades de negócios foram criadas e mais 13 mil jovens contemplados com o programa de estágios, mas todo este investimento “não é suficiente” para a demanda do mercado de trabalho.

“O grande desafio que temos hoje, é como podemos criar as condições para que os jovens cabo-verdiano que têm talento, querem empreender, montar um negócio, mas que não têm depósito bancário, não têm património, não têm fiadores possam aceder ainda assim ao financiamento”, apontou.

Neste sentido sublinhou que estão a trabalhar para montar um sistema que permita à juventude cabo-verdiana o acesso ao financiamento, mas que os jovens também possam responder com trabalho, compromisso, responsabilidade, com cumprimento de prazo e obrigações para que o sistema possa retroalimentar-se e atingir os jovens de todas as ilhas de Cabo Verde.

Entretanto avançou que hoje em dia verifica-se uma mudança de atitude por parte dos jovens, ou seja, pedem uma oportunidade para criarem empregos para si e para os outros e para que possam ser também a solução para os seus desafios no que tange ao acesso ao emprego.

“Esta é uma mudança transformativa e nós enquanto estado temos de acompanhá-la no sentido de mudar as instituições para que elas possam dar respostas a esta mudança para os jovens aproveitarem as oportunidades porque só pela via das empresas e no plano formal não conseguimos dar respostas à demanda do mercado de trabalho, isto é válido para Cabo Verde e para o continente africano e para o mundo”, constatou.

Segundo o ministro, as condições que o Governo tem estado a criar a nível do acesso ao financiamento ou a kits de auto emprego não é na lógica do assistencialismo, da caridade ou de esmola, mas na lógica de criar oportunidades para poderem criar empregos para si e para os outros.

O acto contou também com a presença do presidente da Câmara Municipal de Ribeira Grande de Santiago, Nelson Moreira, que realçou a importância deste programa para a dinamização da economia local e para a criação de oportunidades para as famílias.

No total 17 jovens do município receberam kits de autoemprego nas áreas de negócio, pastelaria, restauração, estética/cabeleireiro, jardim de infância, manutenção e instalação eléctrica, pesca e venda de pescado orçado em mais de dois milhões e quinhentos mil escudos.

Inforpress

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