Presidente da UCID apoia greve dos professores e destaca falta de dignidade na classe

27/12/2023 17:26 - Modificado em 27/12/2023 17:26

O presidente da União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID), João Santos Luis, expressou hoje seu apoio à greve por tempo indeterminado iniciada pelo Sindicato Democrático dos Professores (Sindprof). A paralisação, motivada pela falta de acordo com o Ministério da Educação em relação a reivindicações salariais, evidencia o “braço de ferro” entre os professores e o governo, conforme ressaltou o líder partidário.

João Santos Luís enfatizou a necessidade de conferir dignidade à classe dos professores, destacando o compromisso da UCID com valores como honestidade e respeito à pessoa humana. 

“Nós entendemos que as classes profissionais, como é o caso da classe dos professores, devem ter alguma dignidade, do nosso ponto de vista, até porque a UCID defende a honestidade, a dignidade, da pessoa humana e portanto não tem onde fugir a estas questões”, declarou em conferência no Mindelo.

O presidente da UCID ressaltou que a situação se arrasta desde o início do ano, caracterizando-a como um “braço de ferro” entre os professores e o governo, resultando na falta de um entendimento plausível até o momento.

O líder do partido expressou preocupação com a condição da classe dos professores, que, em sua visão, tem sido negligenciada e fustigada.

Reforçou ainda a importância da valorização dos professores na sociedade, destacando o papel fundamental que desempenham na formação e educação das futuras gerações.

O democrata-cristão disse concordar com a presidente do Sindprof, afirmando que o governo não tem proporcionado dignidade aos professores. Como exemplo, mencionou que novos professores contratados desde setembro passado ainda não receberam seus salários.

O líder partidário questionou a demora na resolução de pendências salariais que remontam a 2011 e criticou a falta de estabilidade na classe dos professores, um problema que vai além da simples reposição de direitos.

Argumentou que o governo, mesmo diante das limitações orçamentárias, poderia satisfazer as reivindicações dos professores de forma faseada e planificada, contribuindo para a paz social no país.

“Entendemos que o governo não pode dar o que os professores querem, mas de uma forma faseada, planificada, querendo o governo consegue satisfazer as reivindicações dos professores e encontrar a paz social que o país precisa com esta classe tão importante como os restantes setores de atividade do país”, afirmou.    

O mesmo sugeriu uma abordagem mais cuidadosa por parte do governo, visando atender às demandas dos professores e estabelecer a tão almejada estabilidade na classe educacional.
Importa referir que o Sindprof iniciou esta quarta-feira, 27, uma greve por um período indeterminado, por falta de acordo com o Ministério da Educação sobre as reivindicações ligadas ao aumento salarial.

AC – Estagiária

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