Morte de Prigozhin confirmada por investigadores russos

27/08/2023 17:46 - Modificado em 27/08/2023 17:46


O Comité de Investigação da Rússia confirma a lista de 10 pessoas nomeadas pelo Conselho de Aviação russo que estavam a bordo do jato acidentado.

A morte do líder do grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, foi confirmada após exames genéticos, avançou este domingo o Comité de Investigação da Rússia.

“Como parte da investigação criminal da queda do avião na região de Tver, foram concluídos exames genéticos moleculares. De acordo com os resultados, foram apuradas as identidades de todos os 10 mortos, que correspondem à lista constante da ficha de voo”, refere um comunicado citado pela Sky News.

As autoridades russas revelaram ainda a lista das 10 pessoas confirmadas como mortas na sequência da queda do avião, entre os quais está o nome do chefe do Grupo Wagner.

Sergei Propustin, Evgeny Makaryan, Aleksandr Totmin, Valeriy Chekalov, Dmitry Utkin, Nikolai Matuseev, comandante Aleksei Levshin, o copiloto Rustam Karimov e a comissária de bordo Kristina Raspopova são as restantes vítimas mortais.

Contudo, os investigadores não se pronunciaram sobre eventuais causas da queda do avião.
De recordar que o jato particular que transportava Prigozhin e a sua guarda caiu no final da tarde de quarta-feira na região de Tver, a noroeste de Moscovo, levantando imediatamente suspeitas de um assassinato orquestrado pelo poder russo.

Em Washington, Paris, Berlim ou Kyiv, altos funcionários deram a entender que as suas suspeitas recaíam diretamente sobre o Kremlin.
Por seu lado, o Kremlin negou ter ordenado o assassinato de Prigozhin, qualificando estas insinuações como “especulação”.

O presidente russo, Vladimir Putin, enviou na quinta-feira uma mensagem de condolências à família de Prigozhin, em que afirmou que o antigo aliado era “um homem talentoso que cometeu alguns erros”.

Prigozhin, 62 anos, antigo cozinheiro e aliado de Putin, revoltou-se no final de junho contra o ministro da Defesa, Serguei Shoigu, e as chefias militares, que acusou de não lhe fornecerem armas suficientes e de atacarem os efetivos do Grupo Wagner.

Durante a breve rebelião, Prigozhin ocupou o comando militar russo na cidade de Rostov-on-Don, sudoeste da Rússia, e mandou avançar uma coluna de mercenários para Moscovo.

Acoluna voltou para trás quando estava a 200 quilómetros da capital russa após um acordo alegadamente mediado pela Bielorrússia.

Pelo caminho, os mercenários envolveram-se em confrontos com as forças de segurança, abatendo meia dúzia de helicópteros, de que resultou a morte de cerca de duas dezenas de elementos das forças de Moscovo.

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