Presidente da República de Cabo Verde cabo distingue dois deputados portugueses

30/06/2023 18:51 - Modificado em 30/06/2023 18:51


O Presidente de Cabo Verde atribuiu a medalha de mérito a dois deputados portugueses pela defesa da comunidade cabo-verdiana, distinção no âmbito das comemorações do 48.º aniversário da independência nacional, segundo decreto presidencial consultado hoje pela Lusa.
“Nesta luta sempre inacabada pela melhor integração das nossas comunidades, há experiências de inegável exemplaridade assim como há personalidades que se têm destacado pelo seu contributo constante, tão desprendido quanto entusiástico, mobilizando vontades e apoios, mas igualmente utilizando as suas plataformas de intervenção social e política para dar voz e visibilidade a lutas e anseios de muitos que de outro modo sentir-se-iam relegados ao anonimato e os seus problemas esquecidos. Essas personalidades têm merecido o apreço dos nossos compatriotas na emigração e nas ilhas”, lê-se no decreto presidencial assinado por José Maria Neves, de 28 de junho.
A condecoração com a medalha de mérito, primeira classe, envolve Maria Celeste Lopes da Silva Correia, de ascendência cabo-verdiana, que foi deputada à Assembleia da República pelo Partido Socialista (PS). A também professora e política portuguesa publicou algumas obras, como projeções culturais e cidadania no espaço lusófono.
A mesma condecoração foi atribuída a Diogo Feijó Leão Campos Rodrigues, licenciado em História e deputado eleito à Assembleia da República pelo círculo eleitoral de Lisboa, nas listas do PS.
O decreto presidencial acrescenta que é tempo de “reconhecer o exemplar e abnegado trabalho” destas duas personalidades da vida política portuguesa com “destacado registo”, designadamente em sede parlamentar, de “defesa e promoção” da comunidade cabo-verdiana.
Em Portugal reside a maior comunidade cabo-verdiana na Europa, segundo dados do Governo.
O decreto presidencial refere que em todo o mundo há cabo-verdianos e descendentes que, “forçados a fugir às dificuldades das secas, da fome, emigraram”, mas que além do apoio solidário às famílias que ficaram no arquipélago, participaram “ativamente” na luta pela independência, proclamada a cinco de julho de 1975.
“No momento em que se comemora o 48.º aniversário da sua independência, é justo reconhecer o seu decisivo contributo para a libertação, mas também para a reconstrução nacional, a democratização e o desenvolvimento”, refere o texto da condecoração.
A homenagem atribuída pelo Presidente de Cabo Verde sublinha que a diáspora é um “inestimável património e um dos alicerces fundamentais” no desenvolvimento do país.
LUSA

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