“Sumara Maré” que estava, novamente, em competição no Lusomovies (Festival de Curtas-Metragens de Língua Portuguesa) em Roma, Itália, da realizadora cabo-verdiana Samira Vera-Cruz venceu o Prémio della Giuria (Prémio do Júri) durante a III edição do festival.
“Eu não posso nem começar a expressar o quanto estou honrada com este prémio! O meu coração está cheio de amor e felicidade”, começou por agradecer a realizadora, na página do Facebook, sobre o festival de curtas-metragens em língua portuguesa, que terminou no dia 30 de Maio, no salão Glauber Rocha, do Instituto Guimarães Rosa, em Roma.
Sumara Maré narra a destruição ambiental através das performances de Betty e de Ondiana, mãe e filha, em conjunto com as vozes das mulheres que apanham areia para sobreviver, Chepa, Tina e Patrícia – mostrando o seu impacto na natureza, na sua saúde e na economia. Um depoimento forte do que ainda acontece nas ilhas de Cabo Verde, o seu efeito imediato e o impacto tanto no arquipélago como no mundo.
“Obrigado aos incríveis Chepa, Patricia e Tina que nos confiaram suas histórias. E um enorme obrigado à nossa equipa trabalhadora Eder Martins Photography, Ruzeth Ivany Graça, Luis Rodrigues, Alexandre de Figueiredo e Madalena Palmeirim!”, escreve.
Sumara Maré fez parte do Laboratório de Produtores do NEWF — uma iniciativa da África Refocused (uma colaboração entre o NEWF e a National Geographic Society) e foi financiado pelo NEWF e pelo Accelerator Lab do PNUD.
Natural de São Vicente, Samira Vera-Cruz é uma jovem realizadora e produtora cabo-verdiana.
Licenciada em Cinema, com especialização em Comunicação Internacional pela American University of Paris (França), tem experiência na produção audiovisual em Cabo Verde e Angola.
Fundou a Parallax Produções, sua produtora, lançando-se no mercado com produções próprias. De regresso a Cabo Verde em 2016, estreia como realizadora com sua primeira curta-metragem Buska Santu, exibida em vários festivais e ganhadora do prêmio de melhor ficção no Festival Oiá, 2017 (Mindelo, Cabo Verde).
Samira Vera-Cruz foi a vencedora do Concurso de Curtas-Metragens 25 anos dos PALOP-TL, em representação de Cabo Verde, o que lhe permitiu realizar o seu primeiro documentário de curta-metragem – Hora di Bai, com estreia mundial em Maputo, Moçambique.
No final de 2017, estreou seu primeiro longa-metragem, Sukuru, um thriller sobre esquizofrenia e drogadição, feito inteiramente sem financiamento. Foi selecionada para o Talents Durban 2019, durante o Durban International Film Festival, no qual participou com o seu projeto de documentário “E quem cozinha?”, com o qual ganhou o prêmio PR Consulting. No mesmo ano e com o mesmo projeto, participou na residência de escrita do FIDADOC, em Marrocos.
Em 2020, com o projeto de documentário “E quem cozinha?”, participou do Durban FilmMart e no Ouaga Film Lab, no qual ganhou os prêmios IDFA e World Cinema Fund/Goethe Institute.
EC