MpD afirma que se não fosse pelo regime de partido único o país estaria celebrando 50 anos de liberdade, como em Portugal

25/04/2024 19:55 - Modificado em 25/04/2024 20:50

A bancada do Movimento para a Democracia (MpD) disse na sua declaração política, apresentada hoje, 25 de abril, durante a sessão parlamentar, que os 50 anos do 25 de Abril renova o compromisso com os ideais de liberdade e justiça, afirmando que se não fosse pelo regime de partido único estabelecido pelo PAIGC em 1975, Cabo Verde poderia, estar celebrando 50 anos de liberdade, como em Portugal.

No dia em que se comemora os cinquenta anos do 25 de Abril, o Grupo Parlamentar do MpD, pela voz do deputado Euclides Silva, considerou que impacto libertador do 25 de Abril de 1974 em Portugal ecoou como um chamado à esperança, à liberdade e à democracia não só dentro das fronteiras portuguesas, mas também além delas, incluindo em Cabo Verde.

Lembrou que 25 de abril foi um “momento histórico”, que abriu portas para um novo caminho, prometendo um futuro de desenvolvimento e prosperidade. No entanto “lamentavelmente”, em Cabo Verde, devido a um “descontrolado apetite pelo poder”, esse despertar democrático foi tolhido pela força opressiva do PAIGC, que impôs uma ideologia ditatorial, expressou Euclides Silva, em representação do grupo parlamentar.

Defende o partido, que o 25 de Abril simbolizou, não apenas a queda de um regime autoritário em Portugal, mas também deveria ter inspirado mudanças semelhantes em Cabo Verde.

Com uma narrativa critica, o deputado acredita que deu voz ao partido, apontou que a  constituição de uma sociedade livre e democrática deveria ter sido o legado partilhado por ambos os países, Portugal e Cabo Verde, contudo o PAIGC negou essa visão.

Assegurou, ainda, que se não fosse pelo regime de partido único estabelecido pelo PAIGC em Cabo Verde em 1975, poderia, hoje, estar celebrando 50 anos de liberdade, como em Portugal.

Alegou ainda, o partido que sustenta o governo, que o partido, na altura no poder, o PAIGC, privou o país das Liberdades de Abril por muitos anos após a independência formal. Que só viria a chegar em 13 de Janeiro de 1991.

“Apesar da longa interrupção de 15 anos, temos motivos para comemorar o 25 de Abril, que nos conduziu ao 5 de Julho, nossa independência, e, finalmente, à liberdade em 13 de Janeiro de 1991”.

“Por isso, para as novas gerações de cabo-verdianos e para a História, estamos aqui para relembrar a sombra sinistra do PAIGC, um partido político que se agarrou ao poder em Cabo Verde, esmagando as aspirações de liberdade, democracia e desenvolvimento do nosso povo”, exteriorizou, Euclides Silva, considerando que a “independência proclamada não foi acompanhada pela verdadeira liberdade” que os cabo-verdianos “mereciam e aspiravam”.

Logo defende que, neste 25 de Abril, o país não celebra apenas a data, mas também “renovamos nosso compromisso com os ideais de liberdade e justiça” e que a Constituição de 1992 foi um passo importante nessa direção, estabelecendo uma República democrática e soberana, comprometida com os direitos humanos e a participação política pluralista.

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