UCID pede uma atenção especial à economia azul

10/04/2024 11:15 - Modificado em 10/04/2024 11:15

A deputada Zilda Oliveira, eleita nas listas da União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID), apela ao governo uma atenção especial à economia azul. Pelo facto do mar ser um recurso estratégico de desenvolvimento, a deputada da UCID afirma que isso “obriga ao reconhecimento da economia azul como um dos principais motores do desenvolvimento económico do país”.

Para sustentar a sua posição, a porta voz da UCID diz que foram feitas visitas a algumas instituições, como a Cabnave, a Zona Económica Especial Marítima de São Vicente, os Campos do Mar, concretamente a Universidade Técnica do Atlântico, o IMar, e a Apesc, para avaliar a situação das empresas ligadas a economia azul.

A UCID defende que a liderança do setor da economia azul deve ser assumida pela universidade. “A EMAR, a escola do mar, esta escola apresenta uma boa dinâmica ao nível da oferta de cursos de formação profissional, muitos deles relacionados com a pesca”, realçando que têm feito sucessivos apelos a um maior investimento do executivo na pesca como sector primário da economia, não só pelo seu papel ao nível da segurança alimentar, mas principalmente pela necessidade de diversificação da nossa economia .

Por isso exorta o governo a colocar a economia azul como motor de desenvolvimento na agenda de prioridades, para que esta visão se possa traduzir em resultados práticos visíveis e com impacto efetivo na economia africana.

“Estamos a falar de uma economia azul, mas o investimento realizado é ainda muito incipiente. Não há como investir, não há como potenciar o desenvolvimento da Zona Económica Especial Marítima, apenas com o investimento da operação”, explicou Zilda Oliveira que é preciso “repensar a visão” do que deveria ser a economia azul.

Ademais, defende que o país deveria começar a pensar numa economia azul mais ligada à universidade, antes de mais, na formação de quadros. “Vamos formar pessoas e depois pensar mais, em termos de investimentos. Porque investindo sem recursos, por exemplo, a Escola do Mar tem falta de formadores, a UTA tem falta de professores”, atirou.

Por isso, assegura que não há como nos adaptarmos a estes problemas, estarmos preparados para potenciar a economia azul como motor de desenvolvimento, se ainda não tivermos pessoas capazes de dar respostas onde for necessário.

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