Exercício militar Granite Falco em solo cabo-verdiano é mais uma prova irrefutável da relevância desta parceria – CEMFA

28/03/2024 13:08 - Modificado em 28/03/2024 13:08
Foto Facebook US Embassy

Desde o dia 18 de março, São Vicente tem vivenciado momentos diferentes na sua rotina com a realização do Exercício “Granite Falco”. Um exercício conjunto, desenhado no quadro do Acordo de Parceria firmado entre o Estado de Cabo Verde e a Guarda Nacional do Estado de New Hampshire a 4 de fevereiro de 2022.

Hoje, durante a cerimónia oficial que marca o ponto alto do exercício militar, a ministra de Estado e da Defesa Nacional, que presidiu o ato, afirmou que a realização de um exercício desta envergadura em solo cabo-verdiano é uma prova inequívoca da parceria entre os dois países.

Janine Lélis afirmou, durante o seu discurso, que, os Estados Unidos, sem dúvida, têm sido um dos parceiros estratégicos do nosso país, nos mais diversos domínios e mostra-se segura de que a cooperação firmada no domínio da defesa e segurança é sem sombra de dúvidas um dos marcos mais visíveis desta longa amizade entre os nossos países. 

 “O quadro da cooperação no domínio da defesa e técnico-militar entre Cabo Verde e os Estados Unidos da América tem conhecido novas dinâmicas e tem sido sustentado por sucessivos acordos bilaterais com incidência maior nas áreas da formação, exercícios e operações conjuntas, realização de seminários, intercâmbio a vários níveis, financiamento de equipamentos e meios navais”, exemplificou a governante. 

Em relação ao “Granite Falco”, disse que é um exercício que tem como finalidade maior, promover momentos de intercâmbio e troca de conhecimentos mediante treinos simulados, que vêm sendo realizados, em cenários reais de busca e salvamento, mas também de evacuação aeromédica.

Trata-se de um treino de extrema importância, na medida em permite às Forças Armadas de Cabo Verde desenvolver e solidificar as suas valências para o desempenho das missões que lhes são atribuídas, nomeadamente no âmbito do apoio ao Serviço Nacional da Proteção Civil e Bombeiros e às Autoridades de Saúde nas operações de evacuação médica. 

Para o Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, Contra-Almirante António Duarte Monteiro, a realização de um exercício desta envergadura em solo cabo-verdiano é mais uma prova irrefutável da relevância desta parceria, pois os exercícios conjuntos e combinados, sejam militares ou não, fortalecem as relações internacionais, permitem a troca de experiências e conhecimentos, além de promover a melhoria das capacidades de interoperabilidade das instituições, dotando-as de flexibilidade, capacitando os agentes para uma pronta resposta em situações que possam surgir na realidade. 

Este exercício é, portanto, de grande importância, como realçou, pois serve para mostrar o que está estabelecido no estado de New Hampshire em termos de busca e salvamento e evacuações médicas, e para replicar a nossa realidade, o que for aplicável, tendo sempre em conta a descontinuidade territorial do país, aliada à região de busca e salvamento sob a sua responsabilidade, sendo as missões de busca e salvamento, obrigações dos estados costeiros, que decorrem dos instrumentos internacionais por estes ratificados.

E também, conforme a ministra da defesa nacional, é um marco que fica registado num momento muito relevante e de virada para Cabo Verde, em especial para o setor da Defesa Nacional. 

O exercício Granite Falcon iniciou no dia 18 de março e seguirá até o dia 5 de abril. As atividades já realizadas, cujos principais cenários consistem em práticas de busca e salvamento padronizadas e evacuações médicas, com destaque para a logística das evacuações, proporcionaram, entre outros, momentos importantes de aprendizagem, e está a decorrer a bom ritmo, cumprindo os objetivos propostos. 

O Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, Contra-Almirante António Duarte Monteiro, reforçou que as missões de buscas e salvamentos e as evacuações médicas são operações que devem ser altamente coordenadas e meticulosamente planeadas, cujos procedimentos operacionais devem ser devidamente articulados e executados por todos os que, direta ou indiretamente, desempenham um papel ativo na sua execução, pois o sucesso depende de todos pelo que exige muito treino e exercícios como os que estamos a presenciar. 

“Estou aqui para me referir ao que está a ser exercido em resposta a emergências em situações de desastres naturais, crises humanitárias, busca e salvamento e outras ações que possam resultar na necessidade de evacuação”.

No entanto, lembrou que é fundamental que todos continuem esforçar na prevenção e preparação, incluindo formação, educação pública e desenvolvimento de infraestruturas resilientes, porque quanto mais bem preparados estivermos, menor será o impacto negativo das situações que possam surgir.

Elvis Carvalho

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