Falta de fiscalização municipal constitui um verdadeiro “pântano” de in transparência na gestão da coisa pública em São Vicente – UCID

Jorge Fonseca, membro da bancada municipal da UCID, na 7ª sessão ordinária da Assembleia Municipal, disse que o facto de não se conseguir fiscalizar e controlar a gestão financeira do município, constitui um verdadeiro “pântano” de intransparência na gestão da coisa pública em São Vicente.

Neste sentido, considera “inaceitável”, que os balanços estejam escondidos há sete chaves, com o receio de que os deputados municipais e a própria sociedade civil tomem conhecimento do que se passa na Câmara.

Este facto, tal como está, lembrou o deputado da UCID, originou recentemente a visita de uma delegação de tutela. Mas a gestão, prosseguiu Jorge Fonseca, não envolve apenas o aspecto financeiro.

“Á que considerar a gestão urbanística da cidade e da sua envolvente, onde, por falta de instrumentos de planeamento, nomeadamente o PDM, ficam nas mãos os planos subsequentes que determinam o traçado de como o desenvolvimento arquitetónico e urbanístico da ilha acaba nas mãos do presidente tomar certas decisões sem o consentimento da própria Câmara, o que põe em causa a harmonia arquitetónica da nossa bela cidade do Mindelo, distorcendo assim a forma irreversível da nossa cidade”.

Para Jorge Fonseca, tal situação não pode continuar a acontecer e pede medidas urgentes, para serem criadas todas as condições para que a Câmara de São Vicente esteja dotada de todos os planos necessários para que os constrangimentos arquitetónicos não levem à proliferação da cidade em troca de alguns edifícios, cuja localização é desconhecida enquanto não há acesso aos balanços, onde se verificam os movimentos dos valores pagos.

“A cidade do Mindelo não pode continuar a ser desfigurada pela ganância e ganância de quem só se interessa pelo dinheiro” e considera necessário travar esta desfiguração na nossa cidade e aproveitou para fazer um forte apelo ao Governo para acabar com esta violência contra esta cidade.

EC