UNTC-CS responde ao “pedido de socorro” dos professores exigindo resolução dos problemas da classe

5/03/2024 11:58 - Modificado em 5/03/2024 11:58

A secretária-geral da União Nacional dos Trabalhadores de Cabo Verde-Central Sindical (UNTC-CS), Joaquina Almeida, reforçou hoje o apelo à resolução dos problemas dos professores, respondendo assim ao “pedido de socorro” da classe.

Em conferência de imprensa para abordar alguns aspectos relacionados com a situação dos professores em Cabo Verde, que “clamam por justiça” na resolução dos seus problemas, esta responsável salientou que esses são uma classe importante no mundo inteiro.

Segundo explicou, a UNTC-CS tem vindo a acompanhar toda a luta sem, no entanto, interferir no assunto, porque os sindicatos que os representam são independentes e não filiados nesta central.

Contudo, avançou, a sua intervenção vai no sentido de responder ao “pedido de socorro” de alguns professores que se dirigiram a esta central sindical pedindo apoio com vista à resolução dos seus problemas.

“A UNTC-CS, como sempre, não podia deixá-los desamparados, por isso denuncia essa situação e apela às autoridades competentes para resolverem os problemas, nomeadamente os subsídios pela não redução da carga horária, promoções bloqueadas desde 2008, salário precário em alguns escalões, não pagamento dos salários em tempo útil, de entre vários outros”, justificou.

Para Joaquina Almeida, em Cabo Verde os professores não são devidamente considerados pelo Governo porque são injustiçados e os seus direitos e dignidade não são respeitados.

“O problema mais gritante tem a ver com os professores recrutados em Outubro de 2023 para iniciar o ano lectivo de modo a colmatar a falta de professores em diversas localidades no país”, realçou, afirmando que esses professores estão a passar por enormes dificuldades.

Neste sentido, a secretaria-geral da UNTC-CS denunciou tanto o Ministério da Educação como o Ministério da Modernização do Estado e Administração Pública por “abusos de poder, manobras dilatórias e má-fé, impondo a esses profissionais contratos precários, apesar de terem feito concurso público e ficaram sem receber os salários durante três meses numa clara violação da lei”.

Para receber os salários em atraso, acrescentou, foram “chantageados” pelo Ministério da Educação a assinar novos contratos de trabalho a prazos e “calculados milimétrica e maliciosamente”, de modo a impedir que esses professores não venham a receber os salários nas férias escolares.

“Essa cláusula é ilegal segundo o acórdão do Tribunal de Relação de Barlavento. Lembramos que nem o Ministério da Educação e muito menos a ministra da Modernização do Estado e Administração Pública estão acima da lei”, frisou.

A responsável considerou esta situação de afronta e um atentado aos princípios basilares do Estado de direito democrático, tendo revelado que alguns professores já enviaram uma carta ao Provedor de Justiça a avisar que vão entrar em greve de fome caso os seus problemas não forem tidos em conta.

Uma decisão que a UNTC-CS promete apoiar por entender que a luta dos professores é justa, pelo que pediu mais sensibilidade aos seus problemas.

Inforpress/Fim

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