Caixa Económica passa de 173 para 1.102 accionistas após venda dos 27,44% do capital social detido pelo Estado – BVC

29/02/2024 14:10 - Modificado em 29/02/2024 14:10

 O director de Operações de Mercado da BVC manifestou-se hoje “satisfeito” com o resultado da venda dos 27,44% de acções do capital social detido pelo Estado, salientando que a Caixa Económica aumentou de 173 para 1.102 accionistas.

Edmilson Mendonça fez estas afirmações quando fazia a apresentação do resultado da oferta pública de venda de 27,44% do capital social da Caixa Económica de Cabo Verde, detido pelo Estado”, destinada ao público em geral, sendo os investidores nacionais e estrangeiros, realizada esta quinta-feira, nas Bolsa de Valores de Cabo Verde (BVC).

“Nós tivemos uma procura válida de 944 ordens. Entretanto, nós tivemos mais ordens que deram entrada no sistema. No entanto, algumas foram canceladas pelos próprios investidores, pelas ordens definitivas, que ficaram em 944. Assim sendo, a quantidade de acções que o Estado conseguiu vender para a oferta pública foi de 368.369 acções, o que lhe permite levar para casa um encaixe de 1,5 mil milhões de escudos”, indicou.

Salientou que em termos de perfil de investidor, das 944 ordens, cerca de 32 ordens, vieram por parte de instituições colectivas, empresas, principalmente residentes, numa quantidade de 124.180 acções e que em termos de número de investidores, a grande parte 912 eram particulares, totalizando cerca de 97%, numa quantidade de 244.189 acções.

Destacou que durante o processo de venda foi registado um grande equilíbrio em termos do número de ordens, apontando que 48% foram pessoas do sexo feminino e 52% para as pessoas do sexo masculino.

Já em termos de quantidade, ou valor, frisou, há uma maior diferença, uma vez que referiu, as pessoas do sexo feminino participaram, ou adquiriram à volta de 30% do montante subscrito pelos particulares, e as pessoas do sexo masculino à volta de 70%.

“É mais importante destacar que 114 ordens vieram de pessoas não residentes, o que equivale à volta de 12% ou 12% válidas. Em termos de quantidade, 92% das quantidades adquiridas foram feitas por residentes, e os não residentes adquiriram apenas 8% do montante total vendido. Se formos ver dos não residentes ou a distribuição por continente, verificamos que praticamente todos os continentes participaram nesta oferta pública”, realçou.

Explicou, neste sentido, que a nível da Europa 19 mil acções foram adquiridas por residentes nesse continente, sendo que no continente americano sul e norte, esteve à volta de 8 mil, apontando que foram registadas ordens de 24 países dos diferentes continentes.

“Teve o maior número de ordens recebidas os Estados Unidos, uma grande franja de imigrantes, Portugal, Luxemburgo, França, Itália, Angola, Suíça, Holanda, Austrália, Congo, Suíça, Macau, Noruega, Espanha, Senegal, Emirados Árabes Unidos, Hungria, Alemanha, Ruanda, Bélgica, Brasil, Reino Unido e Áustria, portanto, uma grande diversidade de países nesta oferta pública de venda”, afirmou.

Edmilson Mendonça explicou ainda que no quadro da participação dos investidores que participaram nesta oferta (944 ordens), alguns desses investidores já eram accionistas da Caixa Económica, ou seja três, e que das 944, 929 eram novos accionistas.

“Hoje a Caixa tem um total de 1.102 acionistas que figura aqui numa nota importante e passa a ser o banco operador, os meus colegas podem corrigir, mas tenho quase certeza que a Caixa agora é empresa cotada com o maior número de acionistas com acções detidas neste preciso momento. Antes tinha só 173, mas devido a esta oferta pública de venda passou a ter mais de 1.000 acionistas com ações emitidas”, concluiu.

Inforpress/Fim

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