Praça Nova “privatizada” com bancadas para o carnaval de São Vicente – “Sim, temos que pagar assistir a festa do rei momo, mas até que ponto”

8/02/2024 17:42 - Modificado em 8/02/2024 17:42

O carnaval está à porta e as polêmicas, como sempre, fazem parte do enredo popular por estes dias. São para todos os tipos e gostos, mas o que não perde a pauta é a questão das bancadas, que segundo alguns tiram o espaço para outras pessoas assistirem o carnaval.

Na Praça Nova, local de eleição para muitos assistirem a festa, e que alberga aglomerações tem sido um dos pontos que mais recebe críticas. É que este ano, não obstante a colocação de bancadas. A Ligoc- SV resolveu “vedar” quase toda a praça, deixando em aberto, a parte que menos interessa para assistir os desfiles, digamos assim. O lado da Telecom, para quem conhece a zona sabe que dali, não se vê muita coisa. O local transformou-se num espaço privilegiado para quem tem bilhetes.

Que as bancadas na Praça Nova para assistir ao carnaval em São Vicente, já não é novidade. Contudo o problema passa pela “vedação” pelas bancadas nesta três principais partes, onde se pode assistir aos desfiles. Um dos pontos de excelência e do movimento onde durante os desfiles passam milhares de pessoas.

Alegam que as bancadas em torno da Praça Nova vão causar transtornos durante o evento e que tal poderia ser evitado, se a liga garantisse espaço para que as pessoas possam ver os desfiles, aliás, como deveria ter sido e não privatizar a praça como está no momento.

E pressionam a edilidade para rever esta situação, que pode excluir muitos que queiram ver a festa do “Rei Momo” na ilha.

Ademais, lembram que não existe estrutura para suportar o alto fluxo de pessoas durante os dias de festa. Alegam que a Praça Nova é do povo, e muitos postam-se, literalmente, contra as  bancadas na Praça Nova.

“Há limites para tudo. Bancadas em três lados da praça é um exagero gritante, pois a praça simplesmente desaparece. Errado, portanto. Outro dado importante: quem desfila nos grupos é o povo, logo o Carnaval é feito pelo povo. Os grupos não existiriam sem o povo”.

Outros defendem que é um exagero e que o carnaval de São Vicente está a reinventar e que os grupos precisam ter o devido retorno pelos investimentos feitos. E feitas as contas, são alguns milhares de contos, que podem ajudar a suprir algumas dívidas que ficam.

“A LIGOC surgiu naturalmente. Mas para reunir sinergias e ajudar os grupos a ganharem mais sustentabilidade”, afirmam os defensores, “fechar Mindelo com bancadas e receber dinheiro na descontra é mais descansado e compensatório”.

E que a população deve ter sempre em conta que a sua missão é dar à tradição carnavalesca, de São Vicente, maior consistência, e fazendo com que seja rentável para os grupos.

E que o carnaval como outros eventos de envergadura precisam dum espaço destinado para o efeito com as devidas organizações adequadas. “Isso porque essa confusão gerada no centro da cidade só vai para os bolsos dos mesmo de sempre. E o Carnaval que nem espaço tem para evoluir, que não pode construir carros alegóricos à medida da criação dos grupos, mas sim a medida da rua que chamam de avenida.

Ou seja, afirma que sim é preciso, também, pagar para assistir a festa do rei momo, mas até que ponto.

Outro ponto que consideram essencial, por exemplo, no sábado, a população acredita que deveriam pensar nos desfiles deste dia. “Nada bonito, enquanto os professores e a delegacia de saúde, a darem um espetáculo cheio de cadeiras vazias. Seria melhor praticar um preço simbólico, ou abrir para o público.

  1. Fávio Neves

    Carnaval de Mindelo, quem te viu e quem te vê
    Ai Carnaval de Mindelo, Quem diria que tornarias tão ingrato, subiste na vida, ganhaste fama e tornaste soberbo, agora só pensas em ganhar dinheiro e já não ligas ao pobre, ao deficiente e nem mesmo às crianças.

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