O Kremlin acusou hoje os países ocidentais de sujeitarem os países africanos a uma “pressão sem precedentes” para os dissuadir de participar na cimeira Rússia-África, marcada para quinta e sexta-feira em São Petersburgo.
“Praticamente todos os Estados africanos têm estado sob uma pressão sem precedentes dos Estados Unidos, as embaixadas francesas não têm estado inativas, bem como outras missões diplomáticas ocidentais”, disse o porta-voz da Presidência russa, Dmitry Peskov, aos jornalistas.
O Kremlim considera claro que toda essa atividade diplomática e esforços têm como objetivo “impedir as nações africanas de participar nesta cimeira”.
“A política que está a ser seguida pelos Estados Unidos, França e outros países deve ser condenada. Na verdade, negam aos países africanos o direito soberano de escolher parceiros, tanto para expandir a cooperação e interação em vários domínios como para discutir questões urgentes”, acrescentou o porta-voz presidencial russo.
Peskov afirmou que o que a Rússia quer é unir forças com os africanos para continuar o diálogo sobre o acordo de cereais e os esforços de Moscovo para apoiar os mercados globais.
“Certamente, tudo isso será discutido”, avançou o porta-voz do Kremlin, citado pela agência russa TASS.
A segunda cimeira e o fórum económico Rússia-África estão previstos para 27 e 28 de julho, em São Petersburgo.
O evento foi realizado pela primeira vez em Sochi, de 22 a 24 de outubro de 2019.
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