Os esforços de resgate após o desabamento na sexta-feira de um prédio residencial na cidade brasileira de Paulista, no nordeste do país, culminaram no sábado com um total de 14 pessoas mortas e sete sobreviventes.
O balanço anterior feito pelos bombeiros na tarde de sábado dava conta de 13 mortos e três desaparecidos.
O corpo de bombeiros Paulista, na região metropolitana do Recife, capital de Pernambuco, retirou na tarde de sábado os corpos das três últimas pessoas desaparecidas: uma mãe com os seus dois filhos que morreram nos braços um do outro.
No total, segundo o boletim da Secretaria de Defesa Social de Pernambuco, as vítimas mortais foram quatro mulheres adultas, quatro homens e seis menores.
Um dos homens, um jovem de 18 anos, foi retirado com vida dos escombros na sexta-feira, mas morreu a caminho do hospital.
Os esforços de resgate foram apoiados por cães treinados e equipas de remoção dentro dos escombros do bloco de 16 apartamentos que desabou e da área circundante, que foi parcialmente destruída.
Na sexta-feira, três mulheres foram socorridas com vida e encaminhadas com fraturas para um hospital municipal, enquanto outras quatro pessoas, que não constavam da lista de 17 ocupantes do prédio e moravam num imóvel vizinho, tiveram ferimentos leves.
O desabamento ocorreu devido às fortes chuvas que há duas semanas colocam a região metropolitana do Recife em estado de alerta e que na sexta-feira provocaram outros deslizamentos de terra, alagamentos, queda de árvores e postes e diversos acidentes de trânsito.
O edifício tinha sido encerrado por uma ordem judicial de 2010 que alertava para o perigo, mas dois anos depois voltou a ser ocupado – sem autorização – pelos proprietários.
Em 2018, os bombeiros sugeriram depois de uma inspeção que o prédio fosse de novo desocupado e na quinta-feira, um dia antes do desabamento, uma seguradora do banco estatal que financiou os apartamentos emitiu um relato similar sobre os perigos do imóvel.
LUSA