5 de Julho: Primeiro-ministro ressalta importância de avaliar percurso histórico

5/07/2023 19:39 - Modificado em 5/07/2023 19:39

O primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, enfatizou hoje, dia em que Cabo Verde comemora 48 anos independente, a importância de avaliar o percurso histórico e reflectir sobre o presente e o futuro da Nação.

Em declaração à imprensa momentos após a sessão solene de comemoração aos 48 anos de Independência de Cabo Verde, Correia e Silva reconheceu o valor da independência como um ganho para todos os cabo-verdianos, resultado do esforço e da luta de várias gerações que sonharam com a liberdade.

“Há todo o período que veio a acontecer depois da independência, tivemos 15 anos de regime de partido único, que acabou por impactar muito daquilo que foi o país. Quando falamos de partidarização da administração pública é preciso não esquecer que antes o Estado e o partido eram a mesma coisa, portanto ainda temos resquícios dessa época”, apontou.

Continuando, o primeiro-ministro ressaltou a transição para a democracia e a liberdade, destacando que isso colocou Cabo Verde em “uma nova Era” de modernização e respeito internacional, reconhecendo que o percurso de desenvolvimento ainda apresenta “desafios significativos”, mas exaltou a resiliência e a capacidade de superação do povo cabo-verdiano.

Ulisses Correia e Silva também enfatizou que o país tem enfrentado crises graves nos últimos anos, como a pandemia, o impacto da guerra na Ucrânia e a inflação. Apesar desses desafios, ele ressaltou os progressos alcançados desde 2016, citando a redução da pobreza, o aumento das oportunidades de emprego e formação para os jovens, além do avanço nas qualificações da população.

“Há desafios enormes, ninguém deve ignorar que de 2020 até agora nós temos estado a viver períodos de crises muito graves e isto impacta todos os países do mundo e não deixará de impactar um país com as suas vulnerabilidades como Cabo Verde, estou a falar da pandemia, do impacto da guerra na Ucrânia e da inflação e, mesmo assim, o país teve progressos”, alertou.

No entanto, o primeiro-ministro reconheceu a necessidade de fazer política com menos acusações e suspeições, destacando a importância de apresentar alternativas e propostas concretas.

“É preciso fazer política com menos acusações, suspeições, como caracterizar o governo de gente pouco séria. Isso é que nós temos estado a verificar e é preciso também identificar muito bem quem faz este tipo de política, nós não nos sentimos representados nesta forma de política, quem assiste o parlamento vê, de facto, os discursos políticos desde 2016 tem sido no sentido de muita suspeição, acusação e poucas alternativas e propostas. Nós iremos continuar focados naquilo que é o nosso papel, de governar e de fazer a democracia funcionar”, disse.

Correia e Silva ressaltou ainda os avanços na publicação dos relatórios de inspecção, destacando que agora a Inspeção-Geral das Finanças tem a obrigação legal de tornar públicas situações de irregularidades graves ou corrupção, o que, disse, não ocorria anteriormente.

“Os relatórios de inspecção não devem ser usados como instrumentos de arremesso político, por isso é que nós defendemos e continuamos a defender que estas coisas têm que ser defendidas e resolvidas em sede institucional”, defendeu.

O primeiro-ministro destacou ainda os investimentos realizados na transformação digital, com o objectivo de tornar a informação mais acessível e transparente, reiterando o compromisso de continuar promovendo essas transformações em prol do desenvolvimento do país.

Ulisses Correia e Silva aproveitou ainda para reafirmar o compromisso do seu governo em superar os desafios e acelerar as transformações necessárias para o futuro de Cabo Verde, realçando a importância de preservar a democracia e promover um Estado transparente e responsável.

GSF/ZS

Inforpress/Fim

Comente a notícia

Obrigatório

Publicidades
© 2012 - 2024: Notícias do Norte | Todos os direitos reservados.