Funcionário faz greve de fome contra alegados “abusos de poder” da Assembleia Nacional

28/06/2023 17:38 - Modificado em 28/06/2023 17:38

Um funcionário que atende pelo nome de Adelino Moreira iniciou hoje uma greve de fome por tempo indeterminado em frente à Assembleia Nacional exigindo um espaço digno de trabalho e melhores condições para a prática da sua actividade.

Segundo informou o protestante, após 17 anos como arquivista, foi mandado para casa devido a fortes acusações levantadas contra si, tendo sido obrigado a permanecer cinco anos fora de serviço.

Adelino Moreira, que contestou a decisão e acusou a administração de “abuso de poder, injúria e falta de respeito” para com os funcionários, venceu a causa e voltou ao trabalho, tendo lhe sido negado o antigo posto que exerceu com “zelo e eficácia” durante todos estes anos.

De acordo com o mesmo, como forma de vingança, foi conduzido ao serviço de jardineiro sem formação na área, tendo mais tarde exercido a função de ajudante de canalizador “sem condições e ferramentas de trabalho adequado”.

Desde aquela altura, recordou, começaram as maiores dificuldades ao ser colocado num gabinete sem quaisquer condições de habitabilidade com lixos no espaço, como exibia no cartaz que carregava ao peito.

“Disse que era desumano e entenderam como tal, então pediram para sair da sala que iam remodelar em 48 horas” avançou, explicando que o prometido não aconteceu e por isso vai ficar sem “comer ou beber” até ver o seu problema resolvido.

Segundo Adelino Morreira, mesmo apresentando um documento que comprova os problemas de saúde, não foi aceite pela direcção, pelo que, dada a situação de calor tem de percorrer 100 metros para encontrar um bebedouro de água.

A greve que iniciou na manhã de hoje foi interrompida pela Polícia Nacional que foi até o local impedir o protesto sob a explicação de que este não deveria permanecer em frente à Assembleia Nacional.

A mesma fonte disse que tentou vários contactos com a administração a fim de solucionar o problema, mas sem sucesso, e por isso exige que as suas reivindicações sejam prontamente atendidas pelo órgão representante do povo que deveria “respeitar os direitos laborais” dos funcionários.

A Inforpress tentou obter uma reacção da Assembleia Nacional, mas, segundo informou a assessoria de imprensa, esta não será possível devido aos compromissos na agenda do seu presidente, mas prometeram resolver a situação internamente.

LT/ZS

Inforpress/Fim

Comente a notícia

Obrigatório

Publicidades
© 2012 - 2024: Notícias do Norte | Todos os direitos reservados.