O presidente da Fundação Amílcar Cabral, Pedro Pires, considerou hoje, que o Grande-Colar da Ordem da Liberdade, o mais alto grau da Ordem, atribuída a Amílcar Cabral, tem um elevado significado “histórico e político”.
A posição foi transmitida por Pedro Pires, no início desta tarde, após receber do embaixador de Portugal, Paulo Jorge Lopes Lourenço, o diploma de agraciamento de Amílcar Cabral a título póstumo, cuja cerimónia aconteceu na cidade do Mindelo, no dia 10 de Dezembro de 2022.
“Para nós reveste-se de uma enorme importância histórica e política, por isso queremos solicitar ao embaixador de Portugal que seja nosso intermediário para uma comunicação a sua excelência o Presidente da República de Portugal. Os nossos agradecimentos, reconhecimento e a nossa gratidão por este acto simbólico de enorme valor histórico”, afirmou.
Pedro Pires que agradeceu em nome da fundação, mas também dos familiares de Amílcar Cabral, manifestou-se “honrado” e a sua “gratidão” por este reconhecimento e por esta homenagem, que segundo o mesmo, vai na linha daquilo que a instituição que dirige tem feito, trabalhado e batalhado.
Na ocasião, lembrou que de 12 de Setembro de 2023 a 12 de Setembro de 2024 a Fundação Amílcar Cabral vai promover uma série de actividades enquadradas na celebração do centenário de nascimento de Amílcar Lopes Cabral.
“Na verdade, trata-se de uma grande decisão com um enorme alcance político e histórico, mas também de alguém que interiorizou isso, a necessidade de valorizar este homem cujo nascimento iremos celebrar no próximo ano”, apontou Pedro Pires.
Por seu turno, o embaixador de Portugal em Cabo Verde manifestou-se “honrado” em ser o portador desta “importante distinção” do chefe de Estado de Portugal, mas também de todo o povo português.
Segundo explicou, a Ordem da Liberdade destina-se a distinguir serviços relevantes prestados em defesa dos valores da civilização em prol da dignificação da pessoa humana e a causa da liberdade.
Acrescentou que o Grande-Colar da Ordem da Liberdade é também o mais alto grau de uma ordem nacional concedido pelo Presidente da República a chefes de Estado estrangeiros e pode ser concedido ainda a pessoas cujos feitos de natureza extraordinária e especial relevância os torna merecedores desta distinção.
O acto contou também com a presença do secretário de Estado Adjunto do Primeiro-Ministro, Lourenço Lopes, que afirmou que o Governo se congratula com a distinção de Amílcar Cabral, uma “figura ímpar e incontornável” da história de Cabo Verde.
“Esta distinção valoriza a história de Cabo Verde e prestigia o percurso de um país que é hoje uma referência em África e no mundo, sobretudo no campo da liberdade quando falamos de uma alta distinção como é o Grande-Colar da Ordem da Liberdade pelo Estado português”, concluiu.
Na ocasião, assegurou que o Governo está engajado no programa das comemorações do centenário de nascimento de Amílcar Cabral.
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