Trinta e dois anos (32) da Polícia Judiciária marcado por avanços e recuos – Director Nacional
7/05/2025 11:56 - Modificado em 7/05/2025 11:56
Polícia Judiciária (PJ) comemora no próximo dia 12 de Maio, 32 anos da sua existência com atividades em várias ilhas, sob o lema “Polícia Judiciária – 32 anos na prevenção e combate ao crime por uma sociedade justa e segura”. Em São Vicente a direção nacional realizou, hoje, quarta-feira, 07, uma conferência denominada “Segurança marítima – Perspetivas operacional e penal” que enfatiza os riscos associados ao sector marítimo.
Em declarações à imprensa o director da Polícia Judiciária de Cabo Verde, Manuel da Lomba, destacou que ao longo destas três décadas, a instituição tem sofrido com avanços e recuos e que é preciso mais estabilidade institucional e mais recursos para que a instituição possa continuar a desempenhar o seu papel.
“Claramente, que os recursos humanos não são satisfatórios no país porque para ter uma Polícia Judiciária forte, eficaz e eficiente nós temos que ter investimentos a nível dos recursos humanos, a nível dos recursos tecnológicos, a nível dos equipamentos”, afirmou.
No cargo a pouco mais de um ano e três meses, diz que a prioridade desta direcção, recordou tem sido a estabilidade institucional, depois trabalhar nos recursos humanos. “Só no ano passado fizemos sete concursos, dos sete concursos só falta a colocação dos inspectores nível 1, que vai ser em Julho deste ano, e nós abrimos nove concursos internos, principalmente de promoção e reclassificação, para fazer com que o recurso humano esteja apto, esteja com o prazer também de trabalhar”, sublinhou Manuel da Lomba.
Reconheceu o trabalho “abnegado” da PJ e considerou ser “uma enorme satisfação” e, ao mesmo tempo, de responsabilidade, fazer parte desta tão prestigiada instituição da República, no momento em que se celebra 32 anos da sua instalação, em que somos confrontados com desafios e de várias ordens onde a pedra de toque é a segurança.
A conferência denominada “Segurança marítima – Perspectivas operacional e penal” que enfatiza os riscos associados ao sector marítimo, faz parte das actividades comemorativas dos 32 anos da implementação da Polícia Científica no país e que segundo Da Lomba, um tema importante tendo em conta que Cabo Verde é um país arquipelágico.
“É uma situação geográfica que nos dá vantagem, desde já porque é um corredor muito importante, mas também nos dá desvantagem, desvantagem é de que é onde vários crimes acontecem, desde tráfico de drogas, tráfico de pessoas, contrabando de imigrantes, tráfico de armas e também pesca ilegal”
E é neste sentido, sustentou que Cabo Verde deve ter sempre presente este tema de segurança marítima, realçando que a Polícia Judiciária não pode ficar de fora, porque, como costuma dizer, a Polícia Judiciária é uma polícia nacional com um pendor internacional, principalmente quando se fala de crime organizado e crime transnacional.
“É nesse sentido que damos uma importância enorme, principalmente nessa vertente marítima também que São Vicente tem, então é a razão de ser, de fazer também, de descentralizar também o aniversário da Polícia Judiciária e neste âmbito nós estamos aqui em São Vicente para fazer esta conferência”.
Para Manuel da Lomba, combater o crime é responsabilidade de todos, não é apenas da Polícia Judiciária, não é apenas da Polícia Nacional, não é apenas do Ministério Público ou da Magistratura Judicial, é de todos, cada cidadão tem essa responsabilidade.
“Somos parte desta sociedade de homens e mulheres que sentem, que sofrem e que, mais do que muitos, querem a sociedade mais justa, que seja mais justa, repetimos. Por isso queremos contar com esta sociedade crítica, que reclama, que almeja uma sociedade melhor, mas com o respeito que gostaria de ser tratado”.
NN
