Investir na segurança marítima num país como Cabo Verde é “investir na essência da sua existência” – CEMFA

5/05/2025 16:55 - Modificado em 5/05/2025 16:55

 O Chefe do Estado Maior das Forças Armadas de Cabo Verde (CEMFA), António Duarte Monteiro, disse hoje que investir na segurança marítima num país de território descontínuo, como Cabo Verde, é “investir na essência da sua existência”.

Cabo Verde, afirmou o contra-almirante, é um país de território descontínuo e, quando se fala da segurança marítima, “é fundamental” que se tenha a capacidade de, efectivamente, garantir a segurança dos espaços nacionais.

António Duarte Monteiro fez estas considerações no acto de abertura do Obangame Express-2025 (OE-25) que, pela primeira, decorre em Cabo Verde.

Na perspectiva deste militar, se o país não investir na segurança marítima, “não terá a capacidade de fazer a conectividade entre as ilhas porque, como se costuma dizer, mais de 90% do transporte de cargas é feito pelo mar”.

“Se nós não garantirmos que a nossa conectividade seja segura, Cabo Verde estará, realmente, sob uma ameaça grande”, realçou António Duarte Monteiro, para quem o OE-25 é um “momento particularmente marcante” para o arquipélago, depois de vários anos de “participação assídua”.

Acrescentou que a escolha de Cabo Verde para o exercício OE-25 simboliza a “força da cooperação internacional e o compromisso colectivo com a segurança marítima no Golfo da Guiné e, concomitantemente, contribuindo para o reforço da segurança a nível mundial”.

Por sua vez, o comandante da Sexta Frota da Marinha dos Estados Unidos, o vice-almirante Jeffrey Anderson, em declarações à imprensa, revelou que a escolha de Cabo Verde para o referido exercício se deve à “localização e proximidade do arquipélago” que segundo ele, “são extremamente importantes” na ligação da África com o Norte e a América do Sul.

“Cabo Verde é um ponto importante de refúgio e reparação e para nós, está estrategicamente bem localizado, não apenas para nossas forças marítimas, mas também para outras”, concluiu o vice-almirante Jeffrey Anderson.

O Golfo da Guiné é uma vasta região costeira na África Ocidental, com cerca de 6.000 km de linha de costa, envolvendo 19 países, desde o Senegal, ao norte, até Angola, a sul.

É uma área do globo rica em petróleo, gás e recursos haliêuticos, onde, nos últimos anos, se tem registado um “aumento considerável da criminalidade no domínio marítimo”.

Obangame Express-2025 é um dos maiores exercícios combinados de segurança marítima da África Ocidental e Central, promovido e patrocinado pelo Comando dos Estados Unidos para a África (United States Africa Command – AFRICOM) e facilitado pelas Forças Navais da Sexta Frota dos Estados Unidos.

Inforpress/Fim

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