Lisboa recebe Ocean Summit 2024 – Paulo Veiga diz que é uma oportunidade única para reunir mentes brilhantes

22/10/2024 22:59 - Modificado em 22/10/2024 22:59


A cidade de Lisboa, Portugal, recebe nos dias 29 e 30 de outubro, a primeira edição do Ocean Summit 2024, um evento internacional que reunirá especialistas de renome oriundos de quatro continentes.

Este encontro, a realizar-se no Planetário e Museu de Marinha, promete, conforme nota de imprensa, impulsionar “novas descobertas sobre os oceanos e criar oportunidades inéditas para a partilha de conhecimento e inovação”.

Entre os convidados de destaque está o “célebre” aquanauta Fabien Cousteau, neto do lendário oceanógrafo Jacques Cousteau e fundador do Proteus Ocean Group, que irá partilhar a sua visão sobre o papel crucial dos oceanos para a sustentabilidade planetária.

Assim como a exploração espacial representou uma jornada transformadora para a humanidade, o Ocean Summit, salientou a mesma fonte, marcará o início de uma nova era de exploração dos oceanos, um território que permanece amplamente desconhecido.

“Mais de 80% dos oceanos ainda não foram mapeados ou explorados, e este evento posiciona-se como o ponto de partida para revelar esses segredos submersos, criando uma poderosa ligação entre a exploração marinha e a espacial”, pode-se ler em comunicado.

Ao acolher o Ocean Summit 2024, a capital portuguesa “posiciona-se no centro da inovação e colaboração internacional, num esforço conjunto para proteger e explorar os oceanos de forma sustentável”, refere o comunicado, realçando que este evento marca o início de uma jornada que permitirá à humanidade “desvendar detalhes inéditos sobre a vastidão e a biodiversidade marinha, ao mesmo tempo que fomenta a cooperação entre cientistas, entidades institucionais e representantes do setor privado”.

Ao longo dos dois dias, o Ocean Summit será um espaço de debate sobre os desafios globais relacionados com os oceanos, tais como as alterações climáticas, a preservação da biodiversidade marinha, a economia azul, o turismo sustentável e a governança estratégica dos recursos oceânicos.

O primeiro dia inclui painéis dedicados ao impacto das alterações climáticas na biodiversidade e ao direito do mar, com oradores como Mark Patterson, professor de Ciências Marinhas e Ambientais, e Vasco Becker-Weinberg, especialista em direito marítimo.

No segundo dia, o destaque será dado à economia azul e ao turismo sustentável, com apresentações de líderes empresariais e especialistas que vão explorar como o investimento pode impulsionar a inovação e sustentabilidade dos oceanos.

A jornada encerra com uma discussão sobre a relação estratégica entre Cabo Verde e Portugal no desenvolvimento de plataformas atlânticas.

Paulo Veiga, Presidente da Fundação Carlos Albertino Veiga, destaca a importância deste encontro, que considera ser uma “uma oportunidade única para reunir mentes brilhantes e discutir soluções concretas para proteger os nossos oceanos, que são o coração do nosso planeta. É através da colaboração e da inovação que conseguiremos enfrentar os desafios globais que os nossos mares enfrentam, garantindo que as gerações futuras possam beneficiar de um oceano saudável e sustentável”.

Veiga realça também a importância da realização deste evento em Lisboa: “Portugal tem uma ligação secular ao mar; sendo o oceano um dos grandes patrimónios nacionais, Lisboa é o palco ideal para receber este Summit”.

O Ocean Summit 2024 será aberto ao público, com entrada livre, proporcionando uma oportunidade imperdível para todos os interessados participarem diretamente nas discussões sobre o futuro dos oceanos.

A Fundação Carlos Albertino Veiga, instituída em 2000 em Cabo Verde, incorpora a filosofia do seu fundador, assente na premissa de que todos devem contribuir para o bem comum.

Com um enfoque nas comunidades mais desfavorecidas do arquipélago, a fundação investe no desenvolvimento humano, assegurando que nenhum indivíduo seja excluído do processo de progresso.

Alinhada com o ideal de fomentar um crescimento sustentável para Cabo Verde, a sua ação está intimamente vinculada ao oceano, que representa 99% do território nacional. Este vínculo com o mar define a visão estratégica da fundação, orientando as suas iniciativas futuras em consonância com as oportunidades e desafios que o oceano impõe ao país.

NN

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