Nortuna Cabo Verde vai começar a comercializar Esmoregal em 2025

19/09/2024 14:56 - Modificado em 20/09/2024 16:27
Visita Ministro do Mar Nortuna Cabo Verde

Autorizada a produzir atum de aquacultura por 50 anos, a Nortuna Holding CV, empresa do grupo norueguês Nortuna, começa a comercializar em 2025 cerca de 600 toneladas de Esmoregal.

A informação foi avançada à imprensa pelo sócio-gerente, Luís Rodrigues, esta quinta-feira, 19 de setembro, durante uma visita do atual ministro do mar, Jorge Santos, às instalações da empresa na Praia do Flamengo, em São Vicente.

Segundo Rodrigues, o desempenho da empresa tem corrido bem, apesar de alguns constrangimentos enfrentados ao longo destes quatro anos de implementação do projecto.

“O Governo tem sido bastante suportivo, mas começámos a funcionar no início da pandemia tempo da pandemia, houve alguns atrasos, mas graças a Deus temos desenvolvido bem. Nós estamos com a vontade de desenvolver-se um bocadinho mais rápido, mas às vezes nem sempre a gente conseguiu fazer o que a gente adquiriu, por exemplo, na nossa missão” explicou um dos responsáveis, avançando que brevemente, darão os próximos passos do projecto.

Nós, por exemplo, agora, em setembro, vamos começar a enviar amostra de peixe para a Noruega, para expor na mesa a toalha branca, que é para testar o mercado. E já no próximo ano de 2025, já teremos a possibilidade de pôr no mercado mais ou menos 600 toneladas de Esmoregal.

Questionado sobre esta produção do Esmoregal, quando o projeto inicialmente previa a produção do Atum Rabilho, Luís Rodrigues explicou que, o Esmoregal por ser um peixe capturado em Cabo Verde, com grande valor.

Entretanto, prosseguiu, que continuam com a produção do Atum rabilho, e que para a sua implementação é preciso trazer ovos de estrangeiro, do Mediterrâneo. “Fazem a desova no mês de junho, de maneira que nós estamos a reiniciar aquele processo do Atum-rabilho no mês de junho”, justificou este empresário, que garantiu que o objetivo da Nortuna é colocar no mar, 15 mil unidades desta espécie no próximo ano.

Uma boa nova para o país, referiu o ministro do mar, Jorge Santos, que esteve de visita no local em Flamengo, e ainda em alto mar, na Ribeirinha de São Pedro, local escolhido devido as condições de segurança que garante aos viveiros, para ver a dinâmica do projeto desta multinacional que está aqui a desenvolver uma experiência de aquacultura e de piscicultura em Cabo Verde, que segundo o governante é sustentável.

“O que nós assistimos agora, visitando o laboratório vivo da Nortuna, é que é algo que é transcendental, ou seja, é algo que exige muita tecnicidade, muita investigação. E é o que nós estamos aqui a assistir, e essa experiência e tudo o que é conhecimento que é desenvolvido aqui, é depois transposto para a criação e a promoção empresarial desta indústria de produção do atum rabilho.

Portanto, para o ministro a aquacultura é algo que tem um grande potencial em Cabo Verde, com perspectivas da empresa em investir em Santo Antão e em São Nicolau.  “Nessas três ilhas, São Vicente, Santo Antão e São Nicolau, a produzir milhares de toneladas de atum rabilho, de Esmoregal, de Corvina e também outras espécies, que é um complemento ao setor das pescas e aquacultura a nível nacional.

Por isso, garantiu que o Ministério do Mar, tem acompanhado de perto esta experiência e a atividade da Nortuna e tudo o que é desenvolvido no local.

NN

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