A vila piscatória de Salamansa conta neste momento oito casos suspeitos de dengue, certificou hoje o delegado de Saúde de São Vicente, que anunciou a realização de uma campanha de limpeza geral na ilha no dia 21.
Elísio Silva, que falava em conferência de imprensa, no Mindelo, lembrou que qualquer ilha pode estar sujeita a ter casos da doença, uma vez que o mosquito transmissor circula em todo o país.
“No último fim-de-semana recebemos do Hospital Baptista de Sousa a notificação de um caso suspeito de uma pessoa que vive em Salamansa, que ficou internada como caso suspeito de dengue, porque vinha de uma ilha já com casos positivos da doença e com sintomas que leva a considerar que se trata de um caso suspeito”, pormenorizou Elísio Silva.
A mesma fonte informou ainda que na sexta-feira, 06, e no sábado, 07, a delegacia e toda a sua equipa deslocou-se à Salamansa onde efectuou despiste à população, sobretudo nas residências próximas à casa do caso suspeito, para além de testes e pulverização em toda a zona e sensibilização porta a porta e através de carros de som.
No domingo, 08, conforme a mesma fonte, juntamente com parceiros, como a câmara municipal e as Forças Armadas, a delegacia de Saúde desencadeou uma campanha de limpeza geral na vila piscatória e nas proximidades do cemitério do Norte de Baía.
“A situação actual é de oito casos suspeitos, um dos quais se encontra internado no Hospital Baptista de Sousa, os exames já foram enviados para laboratório, na cidade da Praia, pelo que aguardamos os resultados”, sintetizou o delegado de Saúde.
Elísio Silva aproveitou para anunciar que no dia 21, um domingo, será desencadeada uma megacampanha de limpeza em toda a ilha de São Vicente, pelo que espera contar com a adesão dos sanvicentinos e dos parceiros da delegacia.
“A ideia é deixar a ilha mais limpa e assim ajudar nesta luta anti-vectorial e evitar quer focos de transmissão, quer doenças transmitidas por mosquitos em São Vicente”, concretizou o delegado de Saúde.
A mesma fonte aproveitou para exortar as pessoas que se tenham deslocado às ilhas com casos a estarem atentas e se sentirem sintomas como febre, dores no corpo e sangramento devem dirigir-se aos centros de saúde, preferencialmente.
Chamou ainda a atenção da população para os cuidados com os focos de criação do mosquito, especialmente água estagnada.
Originário do continente africano, o Aedes aegypti é um mosquito doméstico, que vive dentro ou ao redor das casas ou de outros locais frequentados por pessoas.
Põe seus ovos em recipientes tais como latas e garrafas vazias, pneus, calhas, caixas de água descobertas, pratos sob vasos de plantas e bandejas de ar-condicionado, ou qualquer outro objecto que possa armazenar água de chuva.