O presidente do Instituto Nacional de Previdência Social, Mário Fernandes, disse hoje que estão a trabalhar para melhorar o processo de leilões do INPS, sendo que a medida é muito importante para os trabalhadores e segurados da instituição.
Mário Fernandes fez estas afirmações, à margem da conferência sobre a “Inclusão e sustentabilidade: Desafios e oportunidades para o futuro da segurança social”, realizada pelo Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), no âmbito do Dia Nacional da Segurança Social, que hoje se assinala.
Questionado sobre a medida do Governo que prevê a criação de uma entidade externa para gerir os fundos do INPS, Mário Fernandes indicou apenas que a instituição está “estável e tranquila” quanto ao futuro e que tem quadros extremamente preparados para os desafios que tem pela frente.
Adiantou que os fundos estão a ser rentabilizados como deve ser, e, neste sentido, estão a trabalhar para melhorar todo o processo de leilões.
“É um processo novo, todo processo novo carece de adaptação, vamos sentar com o banco central para melhorar o processo”, afirmou o presidente do INPS, que considerou que sendo uma medida nova, é normal que as pessoas estranhem.
Mário Fernandes lembrou ainda que se trata de uma medida recomendada internacionalmente, justa para todos e muito importante para os trabalhadores e segurados do INPS.
“Neste momento nós traçamos um crescimento de 11% das prestações, que estão a 7,5 milhões de contos, estamos com contribuições a 12,9%, ou seja, as contribuições andam numa velocidade de 4,95%, as prestações a 11%”, apontou.
Segundo avançou, o custo com as pensões em Cabo Verde é de 3,2 milhões de contos, e este valor tem estado a aumentar cada vez mais, “aumento esse natural porque as famílias merecem as suas pensões”.
Garantiu que estão a cumprir com o plano estratégico, sendo que o estudo efectuado recomenda uma rentabilidade acima dos 3,5% das reservas que servem no futuro para garantir as pensões de todos os cabo-verdianos.
“Esta é uma preocupação que temos que fazer, e há mecanismos que são normalmente implementados durante muito tempo, e é natural que haja reacções quando se faz uma mudança e estamos aqui para negociar e fazer melhorar os procedimentos”, admitiu.
De acordo com um despacho conjunto dos ministros do Estado, da Família, Inclusão e Desenvolvimento Social, e das Finanças e do Fomento Empresarial e da Economia Digital, o Governo anulou o segundo leilão realizado pelo INPS e recomendou a adequação dos procedimentos para os próximos leilões de modo a conferir “total transparência”.
Inforpress