Em resposta à recente aquilo que considera “desinformação” circulante nas redes sociais sobre a nomeação de embaixadores, a Presidência da República emitiu uma nota de imprensa esclarecendo os critérios e processos envolvidos nessas decisões. A questão ganhou destaque com a especulação acerca da possível nomeação de Felisberto Vieira para o cargo de Embaixador, o que, segundo a Presidência, transgrediu todas as “linhas vermelhas” estabelecidas.
A nota enfatiza que desde o início do mandato, o Presidente da República tem se dedicado a evitar qualquer forma de “discricionariedade, personalização ou partidarização” nas nomeações diplomáticas.
“Os critérios estabelecidos são extremamente claros e precisos…”, refere a nota de imprensa. Tais critérios foram compartilhados com o Governo, respeitando sempre os princípios de transparência e meritocracia.
Para as chefias das Missões Diplomáticas, a preferência é dada aos diplomatas de carreira, desde que cumpram os requisitos estatutários mínimos.
No que diz respeito a propostas que envolvem personalidades fora da Carreira Diplomática, a Presidência estabeleceu “linhas vermelhas” claras.“Não é nomeado quem já esteja aposentado; não é nomeado quem já esteja prestes a aposentar-se; não é nomeado quem seja fortemente conotado com a política ativa ou esteja no ‘furacão da política’…” , explicou o comunicado.
O comunicado sublinha ainda a importância estratégica de investir nos Diplomatas de Carreira como uma garantia de estabilidade e continuidade nas políticas externas do país. “Para um Estado já nas vésperas de celebrar os seus 50 anos de existência, é fundamental apostar nos Diplomatas de Carreira para chefiar as Missões Diplomáticas de Cabo Verde”, afirmou a Presidência.
Quanto ao caso específico de Felisberto Vieira, a Presidência expressou “estranheza” perante a possibilidade de sua nomeação como Embaixador. “Uma eventual nomeação equivaleria a trespassar todas as ‘linhas vermelhas’ estabelecidas”, reiterou o comunicado, destacando a importância de manter critérios rigorosos para preservar a credibilidade das nomeações diplomáticas.
A nota reafirma o compromisso da Presidência em contribuir para que Cabo Verde alcance um novo patamar de “maturidade na gestão de sua diplomacia”.