UCID defende a retoma de aprendizagens em oficinas para combater abandono escolar masculino

25/06/2024 18:47 - Modificado em 25/06/2024 18:47

A União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID) defendeu, hoje em São Vicente, a retoma das aprendizagens oficinais para combater o abandono escolar masculino. A posição foi defendida pela deputada Zilda Oliveira, destacando a necessidade de políticas mais inclusivas e diversificadas para combater o problema.

Em Conferência para antevisão à II Sessão Parlamentar de Junho,que começa esta quarta-feira, 25, a parlamentar destacou que a tendência de maior abandono escolar entre os rapazes requer uma abordagem diferenciada do governo.

Oliveira defendeu a criação de políticas alternativas à educação formal tradicional, apontando para a importância de retomar as aprendizagens oficinas e formações profissionais. “Há uma tendência para nós pensarmos que a educação formal deve ser pensada para todos. Mas nós sabemos que nem todos querem a educação formal. Então nós temos que criar outras oportunidades, outras ofertas formativas”, disse a deputada.

A parlamentar relembrou que o Instituto de Formação e Emprego já havia oferecido formações voltadas para a aprendizagem em oficinas, sugerindo a necessidade de reavivar essa prática. “Nós temos sistematicamente feito um apelo para se ponderar a possibilidade de nós retomarmos essa prática”, declarou.

No nível do ensino secundário, Oliveira destacou as altas taxas de repetência e sugeriu a formação profissional como uma solução viável.

Além disso, a deputada alertou para as consequências sociais do abandono escolar, como a delinquência juvenil e o desemprego. “Nós temos um número significativo de jovens fora do sistema de ensino e de formação, desempregados e isso acaba por trazer outros males sociais”, explicou, apontando como exemplo a “delinquência juvenil”.

A questão da igualdade de género também foi abordada por Oliveira, que enfatizou a necessidade de políticas que considerem tanto meninas quanto rapazes. Políticas essas que sejam capazes de “acolher esses jovens que não querem seguir essa via de ensino”.

A democrata-cristã concluiu, ressaltando a importância de considerar formações técnicas e médias como alternativas válidas à formação superior. “O país não se faz somente com pessoas formadas a nível do ensino superior. Portanto, nós temos que fazer outras apostas. Temos que criar outras respostas”, finalizou Zilda Oliveira.

AC – Estagiária

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