Todos os domingos à noite, a Praça Nhô Roque, no centro da cidade de São Vicente, se transforma em um verdadeiro baile de Kizomba.
O som alto e contagiante, a energia vibrante e até mesmo a pouca luz, no local, tudo isso atrai turistas e nacionais que estão ao redor na Baía do Porto Grande, em busca de um pouco de diversão e descontração. Mas, além de tudo isso, a iniciativa do grupo “Kizomba Dança Ma Mim” tem um propósito muito maior, que é trazer vida e movimento para o coração da cidade e promover a cultura cabo-verdiana através da dança. E, segundo os membros do grupo, tem dado resultado.
O grupo “Kizomba Dança Ma Mim”, composto por quatro elementos, três cabo-verdianos e uma polaca, iniciou as suas atividades em Janeiro deste ano na ilha de São Vicente. Além de ensinar a dança básica do Kizomba, o grupo também ensina técnicas de dança, incluindo UrbanKiz, uma dança de casal derivada desta dança, e a tarracha.
O responsável pelo grupo, Danilson Pires, sempre mostrou interesse em pertencer a uma escola de Kizomba e agora compartilha seus conhecimentos com os interessados. As aulas acontecem todas às terças e quintas-feiras no clube náutico e, aos domingos, a Praça Nhô Roque se torna o ponto de encontro para quem quer dançar.
O grupo tem recebido pessoas de várias idades, a partir dos 17 anos, incluindo turistas fascinados com o Kizomba. “Alguns que já regressaram aos seus países prometem sempre voltar para darem continuidade às suas participações nas aulas”, afirmou este responsável.
No entanto, a única preocupação do grupo é a iluminação na Praça Nhô Roque, que poderia ser melhorada. O grupo lamenta ainda a falta de competições locais, apesar da existência de outros grupos na região.
Milene Lopes, também um dos membros do grupo, destaca que o Kizomba traz mais elegância e que o homem tem que saber conduzir a mulher na dança.
Segundo Danilson Pires, o grupo “Kizomba Dança Ma Mim” tem como objetivo ensinar técnicas de dança para que os alunos possam se destacar no Kizomba, que é uma dança muito popular atualmente.
“Eu sigo muito aquilo que tem sido feito na Europa, para no final criar meu estilo. Além de cabo-verdianos, temos vários alunos turistas que são fascinados com esta dança. Alguns que já regressaram aos seus países prometem sempre voltar para darem continuidade às suas participações nas aulas”, disse Danilson.
A iniciativa de aos domingos colocar a coluna de som para atrair passos de dança de quem passa pela praça ou quem pretende ficar por lá, já dá frutos. E os turistas não dispensam a oportunidade de se juntarem ao grupo.
O Kizomba é um estilo de dança extremamente sensual e está em alta em diversos países do mundo, como Portugal, França, Itália, Rússia, Polônia, Inglaterra, Espanha, Brasil, Argentina, Uruguai e Chile. A dança surgiu em Angola no final dos anos 70 e tem conquistado cada vez mais admiradores em todo o mundo.
AC – Estagiária