A União Cabo-verdiana Independente e Democrática, UCID, questionou os esforços do governo para atrair e captar as competências e talentos da diáspora cabo-verdiana. A conferência de imprensa realizada na manhã desta terça-feira na sede do partido em São Vicente, antecede o debate com o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, que vai ao parlamento amanhã, 26, para o debate mensal da segunda sessão plenária do mês de Abril, sobre a “Diáspora e desenvolvimento”.
Na antevisão da sessão parlamentar de amanhã, a UCID disse estar preocupada com a dificuldade de reter talentos dentro do país e atrair aqueles que estão no exterior, especialmente dada a atual falta de estratégias para mobilizar e envolver habilidades e talentos cabo-verdianos no exterior.
“Também é nossa preocupação conhecer as estratégias deste governo para a mobilização, atração e captação de competências e talentos cabo-verdianos na diáspora, nos diversos domínios de desenvolvimento…”afirmou Zilda Oliveira, deputada dos democratas-cristãos.
Embora a regulamentação do Estatuto do Investidor Emigrante tenha sido efetivada com o Decreto Regulamentar n.o 1/2023, o partido acredita que ainda persistem inúmeros obstáculos, entre os quais excessivas burocracias e diferenciação de aplicação de taxas de armazenamento e despacho entre Praia e São Vicente, exigência de condição de Utilidade Pública das Associações, entre outros.
Estas são algumas das várias preocupações que a UCID pretende levar ao debate de amanhã com o Primeiro-Ministro.
A deputada afirmou que o debate agendado com o Primeiro-Ministro vem em “boa hora”, pois permitirá identificar e equacionar soluções para as dificuldades que ainda impedem os cabo-verdianos na diáspora de contribuir para o desenvolvimento do país.
Um outro ponto prende-se com as Políticas Públicas para Educação em Cabo Verde, que conforme a parlamentar é uma reivindicação antiga da UCID.
“Consideramos que este é o momento ideal para que o governo através do ministério de Educação possa esclarecer o que efetivamente pensa a este respeito”, apontou.
Além do debate com o primeiro-ministro, consta ainda da agenda um conjunto de propostas de resolução, nomeadamente a proposta de lei que procede à segunda alteração da lei 47/VIII/2013, de 20 de Dezembro, que aprova o Código Geral Tributário, para votação final global.
AC – Estagiária