Os assaltos a estabelecimentos comerciais em São Vicente registaram mais um capítulo na noite de hoje, na zona de Carreira de Tiro, quando pelo menos dois homens encapuçados dominaram os funcionários de um minimercado utilizando pó de extintor.
Com efeito, pouco depois das 19:30, segundo contou uma testemunha, os homens, que traziam consigo um extintor, mas de cor preta, ao contrário da cor vermelha que domina nesse equipamento, como documenta a foto, entraram no minimercado já a lançar o pó para a face de uma jovem funcionária que se encontrava junto à caixa, logo à entrada do estabelecimento.
Os restantes funcionários e clientes aproximaram-se, perante gritos, alguns conseguiram sair do estabelecimento e pedir socorro, tendo logo de seguida os gatunos encetado a fuga, perante o alarme da loja que foi, entretanto, accionado.
Os funcionários, um cliente e uma criança que se encontravam no espaço, foram conduzidos ao banco de urgência, devido a problemas respiratório.
Ninguém soube precisar no local se os meliantes levaram mercadorias do minimercado ou alguma quantia em dinheiro.
A Polícia Nacional (PN), que tomou conta da ocorrência, chegou ao local em três viaturas, mas prevaricadores já se tinham posto em fuga, desencadeando de imediato a caça aos fugitivos.
Na passada quinta-feira, 13, a Inforpress tinha anunciado a “preocupação” dos mindelenses face a uma onda de assaltos registada nas semanas anteriores de meliantes armados de faca e catanas, que invadiram estabelecimentos comerciais e bares das zonas periféricas de São Vicente.
Conforme um caso relatado à Inforpress, um dos assaltos aconteceu nos últimos dias na zona de Chã de Faneco, num estabelecimento comercial, e segundo relatos de testemunhas foram cinco os indivíduos que invadiram o local encapuçados e munidos de facas e catanas.
A Inforpress teve ainda conhecimento de casos semelhantes em zonas como Vila Nova e Madeiralzinho, numa loja e num bar, e que, segundo relatos, “parece ser o mesmo grupo, já que o modo de operar é o mesmo”, com os indivíduos encapuçados e armados com facas e catanas e mandam encerrar os estabelecimentos ao mesmo tempo que fazem os clientes de refém.
Em reação naquela ocasião, a Polícia Nacional, através do comandante do Corpo de Intervenção, Madelino da Luz, garantiu que a PN já tinha identificado alguns suspeitos e esperava “devolver rapidamente” o sentimento de segurança aos sanvicentinos.
Por isso, pediu à colaboração da população em geral e, em particular, dos proprietários dos estabelecimentos comerciais “para se encontrar juntos a melhor forma de reduzir a oportunidade do crime”, sustentou, afirmando pretenderem reforçar a política de proximidade.
Inforpress/Fim
AA /JMV