O presidente da Câmara Municipal de São Vicente volta a colocar ênfase na regionalização e desta vez, sustenta as suas declarações nos dados estatísticos apresentados no Plano Estratégico de Desenvolvimento Sustentável em Cabo Verde, que no seu entender confirmam que este é o rumo de São Vicente.
Augusto Neves voltou à temática na receção a Rui Moreira, presidente da Câmara Municipal do Porto, Portugal.
“Uma urgente regionalização e consequentemente um maior desenvolvimento”, por isso Neves apela aos deputados da nação a levar em conta o que o povo já percebeu, “a regionalização oferece oportunidades únicas de requalificação a escala nacional, regional e local”, atira Neves.
Visivelmente defensor deste plano, o edil sanvicentino afirma que a regionalização é um elemento imprescindível para que os cabo-verdianos possam beneficiar de políticas de serviços públicos de qualidade, com eficiência e celeridade, promotores de equidade e solidariedade no quadro de transparência e responsabilização democrática.
“As entidades descentralizadas, pela sua proximidade com os problemas, têm a vantagem do desenho de políticas e ofertas mais adequadas às necessidades dos cidadãos, mais fundamentadas nas capacidades e competências de cada região”.
Portanto, classifica que a regionalização tem a ver com salvaguarda da cultura, história e identidade e com a própria participação pública.
Por outro lado Augusto Neves, no seu discurso, destacou a importância das relações “históricas e caracterizadas” pelo fortalecimento de parceiras várias e diversificadas, ampliando a morabeza entre Portugal e Cabo Verde que, segundo o autarca, importa preservar.
Para o presidente da Câmara Municipal de São Vicente, a presença de Rui Moreira, presidente da Câmara Municipal do Porto, é um claro sinal que as relações entre os municípios continuam excelentes.
Rui Moreira que está no país a convite do Governo, visita à ilha de São Vicente, no âmbito de um projeto de colaboração e um acordo que vai ser celebrado entre os dois municípios e que “expressa a disponibilidade e vontade da CM do Porto a colaborar com as autoridades de Cabo Verde na preservação do seu património histórico e a todos os instrumentos para cumprir este desafio”.
Moreia diz que a cultura é um instrumento que deve ser preservado e utilizado como um instrumento para percorrer o caminho que se pretende trilhar.
Pela primeira vez no país, desde que está no cargo, Rui Moreira diz que, no âmbito da geminação entre as partes, a cultura é uma a prioridade definida por si e que a partir dela “conseguimos tudo que alimenta a nossa alma e que depois de nós a identidade e sentimento de pertença continue a existir”.