O preço do petróleo da Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP) desceu para 55,51 dólares na segunda-feira, menos 5,8%, num cenário de incerteza devido à propagação do coronavírus na China, foi hoje anunciado em Viena.
O forte recuo coincide com o início hoje de uma reunião a nível técnico de especialistas da OPEP e de alguns dos produtores aliados, como a Rússia, para analisar a situação nos mercados.
O encontro, que se realiza em Viena, deve terminar na quarta-feira, quando se espera um comunicado que pormenorize as recomendações do comité técnico para a próxima reunião ministerial da OPEP e aliados, marcada para a primeira semana de março.
Desde 06 de janeiro último, o preço do petróleo da OPEP, calculado como uma média dos países membros, recuou 22,6%, alarmando os países produtores.
Fontes da OPEP afirmaram no domingo que a Arábia Saudita, o principal produtor do grupo, planeia uma descida drástica e a curto prazo da produção, que poderia situar-se em meio milhão de barris por dia.
A OPEP, formada por 13 sócios, reúne-se regularmente com outros 10 produtores, liderados pela Rússia, para coordenar medidas para influenciar o preço do petróleo.
Em dezembro último, estes produtores decidiram alargar, de 1,2 para 1,7 milhões de barris diários um corte da produção durante o primeiro trimestre de 2020 para manter os preços.
Na reunião prevista para março, a OPEP pode alargar os atuais cortes até pelo menos junho, com a possibilidade de uma redução mais significativa se a procura de petróleo na China for muito atingida pela propagação do coronavírus.