Portugal já aprovou este ano 458 pedidos de evacuação de doentes de Cabo Verde, para serem tratados nos hospitais portugueses, o que representa a maioria de pedidos feitos pelos países africanos de língua oficial portuguesa (PALOP).
Portugal aprovou este ano mais de 1.100 pedidos de tratamento de doentes dos PALOP, sendo que a maioria é proveniente de Cabo Verde com 458 pacientes. Portugal ainda recebeu este ano, 37 pedidos de Angola, 389 da Guiné-Bissau, 27 de Moçambique e 128 de São Tomé e Príncipe.
A ministra da Saúde portuguesa, Marta Temido, em declarações para a Agência Lusa, expressou a vontade de Portugal “continuar empenhado em reforçar” a cooperação com os países de língua portuguesa no tratamento de doentes em território nacional.
A ministra considerou que há algumas lacunas no transporte de doentes, nomeadamente no que toca ao período entre a sinalização e a transferência daquelas e considerou que é preciso mais celeridade nos processos.
“É importante sublinhar que precisamos de agilizar os processos. Este ano houve algumas situações (…) que não correram com o êxito que nós gostaríamos e é nisso que estamos focados neste momento”, afirmou a governante, referindo que tem havido um trabalho muito próximo com a Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Cabo Verde.
Marta Temido referiu que o transporte de doentes entre os países é “um processo complexo”, que envolve várias organizações médicas em Portugal e nos países de origem, sendo algo que os governos estão “a tentar melhorar”.
“É uma questão da facilidade, da celeridade da resposta, daquilo que é nos próprios países a sinalização dos casos e da sua referenciação para Portugal”, sublinhou a ministra, notando uma situação que “está mais do lado dos [outros] países que do lado português”.