A ministra das Infraestruturas Ordenamento do Território e Habitação, Eunice Silva, avançou que o projeto das Obras do Terminal de Cruzeiros de São Vicente vai entrar brevemente no seu ministério, que irá proceder na materialização da fase seguinte que tem a ver com o lançamento e execução das obras.
A interpelação foi feita pelo presidente da UCID (oposição) António Monteiro, que questionava o Governo sobre o arranque das obras de um empreendimento que a população sanvicentina espera já há algum tempo. “Já se falou muito nesta obra, mas infelizmente as coisas vão andando e não conseguimos ver absolutamente nada nesta matéria” assegurou o líder da UCID.
Na resposta, a ministra Eunice Silva, que foi indicada pela bancada parlamentar do MpD para marcar presença nesta primeira sessão parlamentar do mês de Dezembro, vincou que o projeto do Terminal de Cruzeiros está a avançar, mas que ainda não entrou no seu ministério
“O Projeto vai brevemente dar entrada no nosso ministério. Já temos esta informação. Passaremos para a fase seguinte que tem a ver com o lançamento e execução das obras” precisou Eunice Silva.
O futuro terminal de cruzeiros da ilha de São Vicente, recorda-se está aprazado para avançar em 2020, num investimento público superior a 2.900 milhões em três anos, prevendo movimentar, anualmente, 200.000 passageiros.
De realçar que o projeto do Terminal de Cruzeiros é tido como muito importante para a economia de Cabo Verde, no entendimento do Governo, pois o mesmo vai ser naturalmente uma zona de expansão do Porto Grande, que se encontra neste momento bastante congestionado com a atividade da pesca e de movimentação da carga convencional, entre outros fatores.
O terminal de cruzeiros projetado para o Porto Grande de São Vicente terá dois berços de 400 e 350/300 metros, respetivamente, uma profundidade máxima de 11 metros e será servida por uma gare marítima para passageiros, uma vila turística junto à marginal que vai ter lojas, free-shops, restaurantes, bares, pequenos museus e lojas de souvenir.
Os números avançados indicam que, atualmente, só em São Vicente, os navios de cruzeiros deixam mais de 4 milhões de euros/ano e que os turistas gastam entre 30 a 40 euros por pessoa, com uma margem de progressão “muito favorável” por se tratar de um negócio que “cresce todos os anos” a nível mundial.