Em matéria de desenvolvimento sustentável e do cumprimento dos 17 objetivos mundiais assumidos na Agenda 2030, a pontuação de Cabo Verde é de 65,1 num máximo de 100 pontos, acima da média da África Subsariana, 53,8. De 162 países analisados, Cabo Verde coloca-se na posição 96.
Cabo Verde aparece na lista imediatamente a seguir a outro país de língua portuguesa, São Tomé e Príncipe, no ranking de 162 de países. Portugal assume a posição 26 e Angola está colocada na posição 149.
O país tem “grandes desafios” para a realização de seis ODS, de erradicação da pobreza; saúde de qualidade; trabalho digno e crescimento económico; indústria, inovação e infraestruturas; redução das desigualdades e proteção da vida marinha.
Apesar das dificuldades que os especialistas adiantam na erradicação da pobreza, esse é precisamente um dos objetivos que está a apresentar melhorias em Cabo Verde, tal como a ação climática.
Através do sistema de cores, pode ver-se que os grandes problemas nos ODS são comuns na África Subsariana e afetam a quase totalidade dos países incluídos.
O desempenho dos países foi avaliado de acordo com vários indicadores dentro de cada Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Os piores indicadores da saúde em Cabo Verde são a tuberculose (134 casos por 100.000 habitantes), número de gravidezes de adolescentes entre os 15 e 19 anos (74,7 gravidezes em cada 1.000 jovens) e mortes em acidentes de trânsito (21,3 por 100.000 pessoas).
O relatório apela para ao acesso universal a serviços básicos como saúde, higiene, saneamento, educação, habitação e segurança como pré-requisitos para a erradicação da pobreza e avanços no bem-estar humano, com especial atenção às pessoas com deficiências e outros grupos vulneráveis.
De forma geral, o relatório conclui que as mudanças e o desenvolvimento sustentável do mundo são demasiado lentos e não vão garantir o cumprimento dos ODS até 2030.
A ONU considera que os países em desenvolvimento precisam de crescer de forma mais rápida, mas que crescer sem preocupação pelos impactos ambientais (“crescer primeiro e limpar mais tarde”), não é uma opção.
O relatório de desenvolvimento sustentável, produzido por uma equipa de 15 especialistas independentes, nomeados pelo secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres, é o primeiro a avaliar o cumprimento dos ODS, adotados há quatro anos por mais de 190 países.