O Primeiro-Ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva, destacou a relevância do mar para o desenvolvimento econômico, social e ambiental do país durante a abertura da VIII Reunião Ministerial da Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul, (ZOPACAS), realizada na ilha de São Vicente. O governante ressaltou a necessidade de reforçar compromissos com a paz, a segurança marítima, a cooperação econômica e a proteção dos oceanos.
Em seu discurso de abertura no Museu Oceanográfico, Ulisses Correia e Silva enfatizou a importância histórica e geoestratégica do mar para Cabo Verde, uma nação oceânica situada no cruzamento das rotas marítimas entre os continentes do Atlântico Norte e Sul.
“A localização do país e a sua vasta zona econômica exclusiva impõem o mar como um recurso para o desenvolvimento econômico, social e ambiental e para a segurança global e marítima em particular”, afirmou Correia e Silva.
Apontou a relevância da economia azul, a adaptação às mudanças climáticas e a segurança marítima como altas prioridades para a resiliência e o desenvolvimento sustentável de Cabo Verde.
Além disso, o Primeiro-Ministro ressaltou a importância da ZOPACAS como uma Zona de Paz e Cooperação, em conformidade com a Carta das Nações Unidas, especialmente diante dos desafios globais enfrentados pelo mundo, como crises sanitárias, climáticas, econômicas e securitárias.
“Neste contexto, faz todo o sentido reforçar os compromissos com a não transferência de armas nucleares e de destruição maciça para a Zona, o respeito pela integridade territorial, a soberania, a unidade nacional e a independência política dos Estados, além de incentivar a paz e combater a transferência de lixos perigosos, tóxicos e nucleares”, destacou Correia e Silva.
Enfatizou ainda a importância de “dinamizar a cooperação econômica no Atlântico Sul para o desenvolvimento sustentável” e abordou questões como a reforma do Conselho de Segurança, as mudanças climáticas, a proteção dos oceanos e da biodiversidade.
Por outro lado, o Primeiro-Ministro chamou a atenção para as especificidades dos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento (SIDS), como Cabo Verde e S. Tomé e Príncipe, e lutou pelo reconhecimento internacional e atendimento das vulnerabilidades desses países por meio de um Índice de Vulnerabilidade Multidimensional diferenciador.
Nesta mesma ocasião, o Primeiro-Ministro destacou a importância da ZOPACAS em um contexto mundial marcado por crises sanitárias, climáticas, econômicas e securitárias, reforçando assim a necessidade de fortalecer os compromissos com a paz e a segurança internacionais, em conformidade com a Carta das Nações Unidas.
“O contexto em que o mundo vive reforça a pertinência da ZOPACAS, uma Zona de Paz e de Cooperação, com o propósito de reforçar a paz e a segurança internacionais, em conformidade com a Carta das Nações Unidas”, afirmou o Primeiro-Ministro.
Sublinhou ainda a importância de questões como a não transferência de armas nucleares, o respeito à integridade territorial dos Estados, a cooperação econômica no Atlântico Sul para o desenvolvimento sustentável e o combate à transferência de lixos perigosos, tóxicos e nucleares.
“Preconizamos adotar no final dos trabalhos da VIII Conferência Ministerial, a Declaração de Mindelo e o Plano de Ação de Mindelo”, destacou o Primeiro-Ministro.
O Primeiro-Ministro enfatizou a importância da cooperação sul-sul e do multilateralismo na busca de parcerias mutuamente
A VIII Reunião Ministerial da ZOPACAS busca promover a cooperação entre os países da região do Atlântico Sul em questões relacionadas à paz, segurança marítima, cooperação econômica e proteção dos oceanos, visando o desenvolvimento sustentável e a estabilidade dos países envolvidos.
AC – Estagiária