Inauguração dos Miradouros turísticos do Porto Novo divide opiniões

26/03/2019 16:28 - Modificado em 26/03/2019 16:28

Depois da inauguração no passado sábado, 23, de dois miradouros, em Santo Antão, um em Bordeira, no Norte e outro em Campo Redondo, ambos no município do Porto Novo, pelo Vice-primeiro ministro, Olavo Correia, a opinião de alguns internautas divide-se. Uns acreditam que irá dar mais alento ao produto turístico na ilha, outros não vêm ganhos nenhuns com a construção desses miradouros, apontando que existem outras valias que não foram adicionadas ao projeto.

De acordo com Olavo Correia, estes dois pontos vão apoiar a atividade turística no município e na ilha, funcionando como pontos de passagem obrigatórios para os que queiram contemplar as paisagens da ilha. Projetos estes que se enquadram na “Rota das Aldeias Rurais”, um programa financiado no âmbito do Fundo do Turismo e que visa qualificar a oferta turística na ilha.

Criar um produto turístico de qualidade que junta vários aspetos e desenvolver o turismo para aqueles que visitam a ilha possam tirar o máximo proveito das suas estadias, são aspetos primordiais apontados por Correia, mas que não vai de encontro com a opinião de muitos internautas que não vislumbram benefícios com estes miradouros.

Teo Monteiro escreve que estão a “enganar a população”, ao inaugurar um miradouro natural, algo que sempre existiu. O mesmo deixa algumas sugestões para a valorização do local, como uma mais-valia turística, colocando ali postos de venda de souvenirs e narrativas da história local, entre outros. “Podia mencionar muito mais, mas pelos vistos o que foi feito não oferece nenhuma mais-valia ao visitante, senão estar sobre cascalhos transportado em vez de terra” reitera este internauta.

Aldevino Andrade, por sua vez, mostra-se de acordo com o projeto, mas reitera a sua preocupação com o lixo produzido no local, bem como a questão da falta de  instalações sanitárias.

Já Rony Maocha vai mais longe e não perde a oportunidade para questionar o Vice-primeiro ministro, se num país pobre como o nosso, assolado por dois anos de seca, qual a necessidade de toda a hora que por mais pequena ou grande que seja a obra, deslocar-se sempre uma comitiva do poder central para fazer a inauguração, gastando dinheiro do povo.

O internauta, António Santos, agradece o Vice-primeiro ministro pelas obras feitas nos dois miradouros, entendendo que isso irá contribuir, com a sua quota parte, para alavancar o turismo na ilha.

  1. Silvino Silva

    Gostaria que este Teo Monteiro visitasse quaisquer dos arquipélagos da Macaronesia e dai tirar as suas conclusões acerca da forma como os miradouros são arquitetados e explorados a favor do turismo rural e os negócios que lá se fazem. Todas as belezas naturais já existiam desde há milhares de anos. No entanto para a valorização deu – se sempre um primeiro passo. A vontade de falar mal da governação não pode fazer as pessoas perderem o pleno discernimento.

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