Jovem com salário mínimo critica possível aumento salarial dos deputados

7/02/2019 14:38 - Modificado em 7/02/2019 14:39

Em conferência de imprensa realizada nesta quinta-feira, no Mindelo, pela Sokols 2017, abordando o tema salarial dos deputados nacionais, uma jovem empregada que recebe o salário mínimo, Milene Santos, diz não haver motivos para a subida salarial dos deputados, pois acredita que há outras áreas cruciais que precisam ser revistas, como a educação e a saúde.

Numa altura em que se especula sobre o aumento salarial dos deputados nacionais, que foi vetado em 2015, pelo PR de Cabo Verde, Milene Santos, não vê motivos para o aumento salarial dos deputados, uma situação que acha desnecessária, porque segundo a mesma existem camadas sociais mais desfavorecidas. O aumento do salário mínimo da classe operária é para Milene, o passe ideal a ser dado neste momento, porque são eles a classe que produz.

“Os deputados discutem coisas desnecessárias. Há coisas que vemos no parlamento desnecessário e que são tristes” acrescenta.

Na opinião de Milene Santos, os partidos devem começar a trabalhar em equipa, para não criarem divergências, e verem o que é o melhor para o povo. A mesma vinca que não é somente por alguém ser da oposição, que vai dizer que é contra tal proposta, porque estão a trabalhar para o povo de Cabo Verde, e não para uma minoria.

“Devem investir em áreas como a saúde, que está precária, principalmente nos atendimentos nos hospitais. Também na educação, porque se não houver bons educadores, não vamos a lado nenhum. Podiam começar por reduzir a carga horária dos professores, principalmente daqueles que trabalham com crianças e adolescentes” assegura.

Por sua vez, Carlos Araújo, diz ter a mesma convicção, assegurando que existem coisas muito mais prioritárias neste momento para serem discutidas, do que realmente o aumento de salarial dos deputados.

“ Existem áreas fulcrais que precisam ser revistas neste momento, como são os casos do ensino. Mas também a questão de entenderem que quem paga os seus salários é o trabalho dos privados. Muitos são aqueles que ficam muito aquém do salário da função pública. E chegou o momento onde as coisas têm que começarem a ser igualadas, de uma certa forma” vinca.

  1. Joaquim Santos

    É de louvar a coragem da jovem Milene, que exerceu um acto de cidadania, a vir a comunicação social para expor a sua insatisfação em relacao aos nossos politicos, que aproveitam pra servir do povo.. e não para servir o povo , razao pela qual foram eleitos.
    Falou e muito bem
    o governo deveria investir na educação e na saude
    mas infelizmente os nosso deputados maltratam estas duas areas.
    Como professor me sinto desgastado
    O ministerio de educacao esta mais preocupado em defender os intresses dos alunos, no sentido de terem criado leis que protegem estes, e hoje o professor esta nas maos dos alunos, vistos que estes sao protegidos pelo regime de faltas ( podem dar ate 80% de faltas) e as alunas gravidas tem direito a licença de maternidade o que so contribui para o aumento da gravidez precoce.
    Pergunto a Sra ministra se em Cuba tem alunos de 17/18 anos, do 7ºano, assitindo aulas com alunos de 12 anos numa mesma sala e que sao usuarios de drogas?
    e para que estes sejam punidos , existe a morosidade dos processos disciplinares em que o encarregado de educacao deve tomar conhecimento antes de o aluno ser punido.
    Enfim.. isto so piora a situação, e quando os governantes forem acordar sera demasiado tarde.

  2. pedro barbosa

    Se a um deputado da nacao(?) a lei concede-lhe 80% do ordenado do Presidente da Republica porque nao calcular o salario minimo nacional em funcao do de um deputado. Nao 80% dos 150.000$00 incluindo despesas de comunicacoes mas pelo menos 12% ou seja 18.000$00.
    Se se reduzir o numero de eleitos por circulo para metade e cortarem nas viagens daria um jeito para dignificacao do trabalhador caboverdeano.

    Apenas uma opiniao!!!!!!!!!!!!!!!!!

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