Numa entrevista ao Expressodasilhas, Carlos Veiga, presidente do MpD, explica as razões porque resolveu deixar a liderança do partido na próxima Convenção. Veiga disse que a decisão estava tomada há muito porque acho que o MpD está a precisar de uma mudança profunda nos seus procedimentos internos, na composição e na dinâmica de funcionamento dos seus órgãos. Acho que é um bom e fundamental momento, para fazer essa renovação.
O partido está preparado para isso e tem gente adequada para esse efeito. Terminado o debate na generalidade do Orçamento, temos agora de nos orientar para a Convenção. Por isso, achei que era o momento oportuno para fazer esse anúncio aos militantes e, em primeiro lugar, aos deputados”.
Instado a falar da sua preferência em relação ao próximo líder foi claro: “Não, não vou indicar nomes. Vimos durante as últimas eleições legislativas, presidenciais e autárquicas, sobretudo, um grande naipe de jovens com arcaboiço que foram ao embate político, uns ganharam, outros não ganharam, mas mostraram-se líderes. Com capacidade de liderança, com estofo político o que me diz que podemos estar optimistas em relação ao futuro do MpD”. Em relação às declarações que começam a surgir na comunicação sobre a sua sucessão, Veiga diz que “Essa é uma das coisas que é preciso mudar dentro do MpD.
Há muita gente que vem às reuniões do MpD para lavar a roupa suja. Mas para dar soluções (silêncio). Os problemas, todos nós os conhecemos, agora precisamos de soluções. Isso é que é importante. Por isso é que deve haver uma reviravolta completa dentro do MpD, para que a energia positiva que existe dentro do partido, dos militantes do partido, se traduza a nível da direcção.”
Para que ela se aplique inteiramente ao MPD em S.Vicente seria preciso acrescentar “quando há reuniões porque por essas bandas elas são uma raridade”
A Presidência da Câmara Municipal de São Vicente deve, em qualquer circunstância, ser uma espécie de rampa de lançamento para uma candidatura ao cargo de Primeiro Ministro, à semelhança da Praia. Por isso, se Ulisses é potencial candidato, o Augusto também deveria ser. É uma questão de prestígio e de honra para São Vicente. O nosso Presidente deve ser uma pessoa com notoriedade e reconhecimento nacional. Não podemos aceitar ficar em segundo plano. Augusto pode ser candidato a Presidente do MpD.
Enquanto recebermos ordens de Praia, continuaremos neste buraco que se está a transformar São Vicente. O sistema está montado de tal forma que quem vive fora de Praia não tem chances de subir em nada. Chega desta afronta de sermos servidores da Praia. E quando digo Praia, incluo os cães de São Vicente que hoje vivem na Praia, e que supostamente foram eleitos para defenderem os interesses de São Vicente.