A meta do Governo é atingir, até 2030, uma taxa de 56 por cento (%) de penetração das energias renováveis em Santo Antão. Desafio que exigirá um investimento na ordem de um milhão e 300 mil contos.
Durante a inauguração da central fotovoltaica desta ilha, instalada no âmbito do projecto de captação e distribuição de água às zonas altas (Planalto Leste e Costa Leste), em Santo Antão, o ministro da Indústria, Comércio e Energia, Alexandre Monteiro, fez este anúncio durante o acto de inauguracão da central.
De acordo com o governante, no caso de Santo Antão, a meta traçada pelo novo plano director do sector energético é atingir os 56% (a taxa actual estima-se em 20%) no horizonte 2030. Alexandre Monteiro explicou ainda que isso implicará “mais desenvolvimento em grande escala” de fontes de produção solar (15%), mas também eólica (18%).
A aposta incidirá, igualmente, no sistema de armazenagem (baterias), em cerca de 23%.
Para alcançar esses desideratos, o Governo, segundo o ministro, prevê, no quadro do novo plano director do sector energético, um investimento nas energias renováveis que chegará a um milhão e 300 mil contos em toda a ilha de Santo Antão.
O novo plano director do sector energético, aprovado recentemente, aposta, essencialmente, no desenvolvimento das energias renováveis, prevendo-se, segundo o ministro da Energia, uma aposta superior a 50% até 2030, nas duas fontes (solar e vento).
O parque solar de Santo Antão, com uma potência de 80 Kwp (quilowatts), foi montado no quadro do projecto de abastecimento de água às zonas altas desta ilha, financiado em 253 mil contos, através do programa Millenium Challange Account (MCA).
O ministro da Indústria Comércio e Energia, enaltece que o projecto representa uma das preocupações do Governo que tem a ver com a “resiliência e sustentabilidade” do sistema de produção e distribuição de água no país.
Esta infra-estrutura, localizada no Porto Novo, alinha, também, com a própria política energética do Executivo, espelhado no novo plano director sobre o sector da energia em Cabo Verde, avançou Alexandre Monteiro.
A central fotovoltaica de Santo Antão vai alimentar nove estações de bombagem de água para a Costa e Planalto Leste. Toda a energia produzida pela central fotovoltaica de Santo Antão já está a ser injectada na rede pública, a cargo da Empresa de Electricidade e Água (Electra) e, em compensação, os municípios serão isentos dos custos de bombagem, com impacto na redução do preço de água disponibilizada às populações.
O presidente da Associação dos Municípios de Santo Antão, Orlando Delgado, afirma que está-se perante “um projecto estruturante para a ilha que vai permitir às populações beneficiárias consumirem água a um custo mais baixo, como acontece em outras localidades dos três municípios”.