O primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, discursou na mesa redonda da Cimeira do FOCAC, em Pequim, China, onde abordou a globalização e como o continente deve encara-la. “Vivemos na era da globalização económica. Com turbulências, incertezas, mas ela vai prosseguir. O grande desafio é tornar a globalização vantajosa para a África na base do multilateralismo”, iniciou assim o seu discurso.
Ele que defendeu uma globalização “para o desenvolvimento e não apenas para o comércio e o investimento”. E viu na FOCAC “uma globalização inclusiva com impacto nas pessoas, no seu bem-estar físico e intelectual e que coloca a dignidade da pessoa humana no centro da razão de ser da política e das políticas públicas”.
Na óptica de Correia e Silva a globalização deve, por um lado, criar as condições para o acesso e partilha mais impactante do conhecimento, da ciência e da tecnologia. Por outro lado, é imprescindível actuar sobre o ambiente interno dos países para criar condições institucionais, organizacionais, educacionais, económicas e de confiança capazes de transformar o conhecimento, a tecnologia e os recursos naturais em factores de competitividade, de desenvolvimento humano e de prosperidade.
“Assim, todos ganham. Mais desenvolvimento nos países africanos, potenciam ainda mais comércio, mais investimento e mais sustentabilidade ambiental a nível global”, enfatizou o primeiro-ministro, indicando ser o tipo de abordagem estratégica win win e de benefícios mútuos”.
Por esta razão, mostra-se convicto que o fórum “é marcante no caminho comum para uma nova era da globalização onde todos ganham e ninguém fica de fora, em linha com as Agendas 2030 e 2063 e em prol da construção de uma ordem internacional mais justa e harmoniosa”.