Árbitro desde de 1996 e internacional desde 2001, Paulo Martinho foi distinguido na Gala do Desporto 2012 como o árbitro do ano, gala onde também recebeu a distinção de melhor árbitro do campeonato de basquetebol nacional 2012. Com este prémio, sentiu que o “trabalho foi valorizado” e que o respeito demonstrado a nível nacional pelo seu trabalho “é o maior reconhecimento que pode ter neste momento”. A singularidade do momento de ser nomeado e depois o de ver o próprio nome projectado no ecrã como vencedor, leva Paulo a confessar que se emocionou muito no momento e que foi preciso “buscar muitas forças para subir” no palco e receber o prémio.
Nestes anos de experiência, Paulo Martinho traça algumas características em forma de conselho para os que querem seguir o exemplo de segurar o apito. A primeira é a de ter dedicação, “emprestar toda a personalidade para representar o desporto”. Fala a voz da experiência que ser árbitro é muito mais do que conhecer as regras, significa estar preparado fisicamente, tecnicamente, ver vídeos, além de acompanhar a evolução da modalidade. E como a profissão exige a imparcialidade, esta é fulcral para o desempenho dos árbitros. “Ser categórico, é preciso ter muita coragem para apitar e para não ter medo de nada e apitar”, conclui Paulo.
Paulo já participou em várias competições internacionais, destacando fases finais da modalidade a nível continental nos jogos africanos. Com uma experiência internacional traça uma diferença entre os jogos nacionais e internacionais. “Nos jogos internacionais apito mais à vontade do que aqui, porque o fair play e as decisões são aceites com muito mais agrado”, diz Paulo. A diferença traçada pelo árbitro internacional é a do conhecimento da modalidade por parte do público que enche os pavilhões. Precisamente o contrário do que se passa a nível nacional onde o público entende pouco de basquetebol e acaba por causar problemas, colocando em risco a segurança do próprio árbitro, pois vêem os jogos “mais com o coração do que com outra coisa”.
Paulo, que também já foi jogador de basquetebol tem, neste momento, a intenção de contribuir com a sua experiência no que for necessário a nível do basquetebol. E um dos problemas que observa é a insuficiência de árbitros.
Professor e arquitecto em fase final de formação consegue, de forma eficiente, conciliar todos os compromissos, incluindo o de chefe de família. Família a quem dedicou o prémio recebido. “É reconfortante mesmo que ainda o árbitro não seja bem entendido e a figura do árbitro, às vezes, não é bem aceite, mas de um certo modo, pessoal dirigente e atletas aceitam o meu trabalho”, finaliza Paulo Martinho, árbitro do ano de 2012.
Bem mereces e estamos todos satisfeitos por ter um arbitro com este gabarito pelo grande contribto que tem dado ao desporto nacional.
um abraco da amiga e colega e aluna sempre. Bets
Parabens, mereces mesmo. Deixei o desporto ha alguns anos e nessa época já te consedirava o melhor arbitro . Força continua.