Professores agastados com a situação laboral chamam ministro da educação de “caloteiro”e pedem a sua demissão

23/11/2023 13:46 - Modificado em 23/11/2023 13:52

“Se pagassem aos professores o que pagam aos políticos, teríamos mais pessoas inteligentes e menos leis ruis” – Professores em São Vicente.

Professores de todos os agrupamentos das escolas de São Vicente, realizaram hoje, 23 de novembro, quinta-feira, de manha uma manifestação pelas ruas da cidade, exigindo, entre outros, a atualização da grelha salarial, pagamento dos subsídios pela não redução da carga horaria.

A manifestação surge na sequência da greve de dois dias que se deu início ontem, 22 de novembro em todo o país, ameaçando com possíveis greves por “tempo indeterminado” até que o Governo valorize a classe e ceda nas negociações. Desgastados com  “falsas promessas” e com as declarações do ministro da educação, os professores, pediram hoje a “cabeça” do governante, alegando que não o reconhecem como tutela da classe. 

A manifestação dos professores em São Vicente, percorreu as principais ruas do centro da cidade, apontando as baterias para o ministro da educação, pedindo a sua demissão. Os professores foram taxativos ao afirmarem que não reconhecem Amadeu Cruz como ministro da classe.

De entre as exigências da classe docente, que são inúmeras, Nelson Cardoso do Sindep destacou que a maior é que a entrada para carreira docente, com o grau de licenciatura, seja iniciada com um salário 107. 471 escudos, representando um aumento de 36%. por forma a equiparar o salário dos professores ao salário mínimo da Administração Pública, dos quadros privativos, ou seja, querem equiparação do salário com as outras classes consideradas especiais.

“Queremos alertar os pais e a sociedade em geral que, se nada for feito, o professor cabo-verdiano vai continuar a ser explorado” e garantiu que a luta vai continuar e prevem manifestações até ao final deste ano e em 2024” e vai mais longe em garantir que, estão dispostos em congelar as notas em maio de 2024.

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