No dia 19 de novembro, Cabo Verde comemorou o 16º aniversário da Parceria Especial estabelecida com a União Europeia, marcando uma década e meia de cooperação sólida e avanços significativos. A aprovação da Comunicação da Comissão Europeia sobre o futuro das relações entre a União Europeia e Cabo Verde pelo Conselho dos Assuntos Gerais e Relações Exteriores da UE em 2007 continua a ser um marco crucial.
Em meio às complexidades da conjuntura internacional, destacando-se a agressão militar russa contra a Ucrânia e a instabilidade no Médio Oriente, Cabo Verde e a União Europeia, conforme nota, “encontram-se alinhados em valores fundamentais como democracia, defesa dos direitos humanos, Estado de direito e boa governação política e económica”.
O documento refere que o diálogo político-diplomático entre as partes tem sido aprofundado, demonstrando um alto nível de alinhamento estratégico de prioridades.
Durante o ano corrente, lembra, iniciativas foram implementadas nas áreas de segurança, economia azul, transformação digital, ciência, inovação, transição energética, erradicação da pobreza extrema, mobilidade e setor económico-comercial.
A Parceria Especial viu um impulso significativo com a revitalização da agenda ao longo do ano, culminando na seleção de Cabo Verde como parte do primeiro grupo dos “40 Projetos emblemáticos UE-África para 2023”.
Este pacote de investimento abordará áreas críticas como energias renováveis, modernização de infraestruturas portuárias na economia azul e conectividade digital.
O Primeiro Ministro de Cabo Verde, recordou, participou recentemente no Fórum inaugural do Global Gateway em Bruxelas, destacando a visão compartilhada pela União Europeia de um futuro mais ecológico, conectado e economicamente independente.
A inclusão de Cabo Verde na nova Estratégia da Global Gateway destaca o compromisso mútuo na busca por reduzir o défice global de investimento em nível mundial.
“Cabo Verde continua comprometido no aprofundamento da Parceria Especial com a União Europeia, seus Estados membros e Regiões Ultraperiféricas – sobretudo as da Macaronésia – para alcançar os objetivos de desenvolvimento sustentável a longo prazo de mútuo interesse”, sublinhou a nota.