Juiz acredita que a população deve estar bem informada sobre o tráfico de pessoas

25/07/2018 06:54 - Modificado em 25/07/2018 06:54
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De acordo com o juiz da Comarca do Paul, Afonso Lima, todos estão sujeitos a serem atingidos por este fenómeno, pois os traficantes vão à procura de pessoas com fragilidades, com fraco nível de escolaridade ou dependência para serem objecto desse tipo de negócio.

Por isso, acredita na formação sobre o tráfico de pessoas a decorrer na Cidade da Praia, para dotar os participantes de instrumentos de trabalho capazes de fazer face ao negócio; vai ajudar o público-alvo a saber como lidar com esse tipo de crime, conhecer elementos típicos do tráfico que começa com o recrutamento para fins de prostituição, trabalho forçado, mendicidade e outras formas.

Considerado a nível mundial como o terceiro negócio mais rentável, superado apenas pelo tráfico de droga e de armas, citado pela Inforpress, Afonso Lima afirma que devido à vulnerabilidade do país nessa matéria deve-se precaver na prevenção e punição, com informações à população sobre o tráfico e a forma como é negociado pelos traficantes.

Afonso Lima fez essa consideração em declarações à imprensa quando foi convidado a falar sobre o tema da formação “Tráfico de pessoas: protecção e assistência às vitimas”, que decorre a partir desta terça-feira até quinta-feira, na capital do país.

Participam na segunda fase da formação sobre o tema “Tráfico de pessoas: protecção e assistência às vítimas” cerca de 40 pessoas, entre as quais procuradores, juízes, agentes da Polícia Judiciária e da Polícia Nacional, ONG e instituições de protecção e prevenção como o ICCA, o ICIEG e o CNDHC.

Em Cabo Verde, os dados indicam que no ano 2016/2017 foram registados quatro casos de exploração sexual, sendo três na ilha do Sal e um na Boa Vista, todos eles tipificados na vertente “tráfico de pessoas”.

Dados do relatório sobre o tráfico de pessoas do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (ONUDC) estabelecem que mulheres e meninas correspondem a 71% das vítimas do tráfico para fins matrimoniais ou exploração sexual, enquanto que os homens são explorados, geralmente, para trabalhos forçados nas indústrias de mineração.

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