Quinze navegantes de cabine da Bestfly em greve

16/11/2023 12:35 - Modificado em 16/11/2023 12:35

Quinze navegantes de cabine da Bestfly iniciaram esta quinta-feira, 16, as 08:00, dois dias de greve, até 00:00 de sexta-feira, 17, tendo no centro do caderno reivindicativo o seguro de inibição de voo.

O anúncio foi feito, em conferência de imprensa na cidade da Praia, pela presidente da União Nacional dos Trabalhadores de Cabo Verde – Central Sindical (UNTC-CS), Joaquina Almeida, depois de uma reunião de dois dias com o Sindicato da Administração Pública Local e Central (SACAR) e a direcção da companhia aérea inter-ilhas, tendo como assunto o pré-aviso de greve.

“Infelizmente, depois de dois dias de reuniões, não se chegou a uma solução negociada dos 16 pontos do caderno reivindicativo porque a direcção da Bestfly esteve irredutível em fazer qualquer negociação”, precisou a Joaquina Almeida, garantindo que serão prestados os serviços mínimos.

“Alguns voos vão ser feitos dado que a UNTCS- CS cedeu para que a Bestfly apresentasse uma proposta negocial. A tripulação está disponível para fazer voos de busca e salvamento, de transporte de medicamentos e de Estado”, esclareceu.

A líder sindical informou que no centro das reivindicações está o seguro de inibição de voo, que a empresa está “relutante” em dar, alegando ser ela a intermediária com a seguradora, que está sediada em Londres, na Inglaterra.

“Os trabalhadores da TACV têm esse seguro, que existe em toda parte mundo. Fui tripulante e tinha esse seguro para caso de ser ferida por uma bagagem”, exemplificou.

De entre as outras reivindicações, Joaquina Almeida apontou assédio moral, ameaças de despedimento, violação do direito à folga semanal, marcação arbitrária de faltas e o não pagamento do serviço de instrutor, dos feriados e das folgas semanais desde início das operações da Bestfly em Cabo Verde.

“A perseguição laboral e prepotência do director da Bestfly é tanta que chega ao ponto de se deslocar à residência dos trabalhadores para os constranger e atormentar nos seus períodos de descanso”, denunciou.

Por isso, a sindicalista apelou à intervenção do Governo, como accionista da empresa, para parar com as “práticas reiteradas” de violação laboral, abusos e assédio moral nos locais de trabalho, “numa flagrante violação da lei laboral e da Convenção 190 da Organização Internacional do Trabalho (OIT)”.

Inforpress

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