Jovem  grávida faleceu ao ser evacuada de barco devido à recusa da transportadora área Binter

25/06/2018 06:31 - Modificado em 25/06/2018 06:31

Uma jovem natural da ilha de Santiago e residente na Boavista, perdeu a vida durante uma viagem de evacuação de barco que a levava para a ilha do Sal. A vítima, Elosia, como é identificada, de 27 anos, segundo informações avançadas faleceu antes de chegar à ilha do Sal vítima de gravidez ectópica, ou seja, gravidez nas trompas.

É o segundo caso em poucos meses de evacuação de grávidas, sendo que neste último se verificou uma vítima mortal. No entanto, os dois casos têm algo em comum: a alegada negação de evacuação por parte da Binter, empresário que detém o monopólio das linhas áreas em Cabo Verde. Segundo informações avançadas, a companhia recusou-se a prestar o serviço de evacuação, o que levou à decisão de uma evacuação via barco. Infelizmente, não se cumpriu o propósito visto que a vítima não chegou com vida ao destino para poder dar seguimento ao tratamento esperado.

O caso tem suscitado muitas reacções não só de internautas, como também de figuras da política nacional. Neste particular, o antigo Primeiro-ministro Gualberto do Rosário, coloca a tónica na questão da vida humana no seu comentário nas redes sociais: “No nosso País a transportadora aérea sempre fez parte do sistema de emergência médico-sanitário. Nenhum argumento justifica o contrário. Se a BINTER não conhece isso, o regulador e o Governo têm a obrigação de fazer com que entenda. Em última instância são estes os culpados da revoltante situação que vimos vivendo. Haja consciência.”

O caso das evacuações tinha estado em destaque aquando da evacuação de uma grávida para a Cidade da Praia da Ilha do Sal e, agora, com consequências fatais, relança o debate e o pedido que as autoridades assumam as suas responsabilidades. Nas redes sociais têm surgido comentários e críticas pela forma como ocorreu esta tragédia.

  1. Gilda da Cruz

    Claro que a culpa não é do Binter.
    A culpa é dos Cabo-verdianos que aceita tudo o que o Governo faz e o que não faz.
    O Governo fala em milhões para o Carnaval, Festivais, Festas de Romarias entre outras. E o povo Cabo-verdiano fica contente com os bons artistas que vão ver.
    Mas o Governo não anuncia milhões, para melhorias hospitalares nas ilhas de Santo Antão, São Nicolau, Sal, Boavista, Maio, Fogo e Brava de modo a evitar que os utentes sejam evacuados em péssimas condições para as ilhas de São Vicente ou Santiago. E o povo Cabo-verdiano aceita.
    Gente já esta na hora de cada ilha ter um Hospital equipado de modo a garantir que situações destas não voltam a acontecer.
    Por isso temos de sair as ruas para mostrar ao Governo o quanto estamos descontentes com o que acham que é PRIORIDADE PARA O POVO CABO-VERDIANO.
    OBRIGADA.

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