O Tribunal condenou dois dos elementos de uma rede criminosa que se dedica ao crime da burla de sementes. Dos seis envolvidos, a cinco da ilha de Santiago um da Guiné Conacri, com idades compreendidas entre os 28 e 40 anos, eram suspeitos de serem responsáveis por, pelo menos, mais de 35 crimes de burla das sementes, só na ilha de São Vicente.
O grupo respondia pelos crimes de burla qualificada e organização criminosa, no entanto apenas dois deles foram reconhecidos pelos burlados.
Segundo a acusação os indivíduos, que foram detidos em flagrante delito pela Policia Judiciaria na zona de Monte Sossego quando se preparavam para burlar mais uma vítima em 150 mil escudos, no passado dia 3 de Outubro de 2017. Neste mesmo dia, o grupo teria burlado um outro cidadão em cerca de 300 mil escudos.
Durante o primeiro dia audiência e julgamento, negaram a autoria dos factos alegando que nunca tiveram contactos com as vitimas e que não são os responsáveis pelos crimes de que são acusados.
Entretanto, o mais jovem, detido em flagrante, na altura dos acontecimentos confessa o crime, alegando que servia apenas de intermediário no negocio, ou seja ligava para a vitima depois de estabelecido o negocio, para marcar um encontro para a entrega das sementes e recepção do montante estabelecido. E dependendo da quantidade recebia uma comissão.
São acusados de operar numa rede de bandidos que propõe a compra de “Sementes de Moringa”. Na realidade, as sementes não têm qualquer valor comercial. Algumas vezes são sementes de purgueiras e outras são sementes de plantas não identificadas que são pintadas.
A operação começava, quando uma pessoa recebe uma chamada desconhecida com um nome fictício a partir de Cabo Verde, mas, com indicativo de um país estrangeiro, onde o burlão ou golpista finge ser da sua amizade ou conhecido da família, oferecendo-lhe a possibilidade de realizar um bom negócio e, no final, repartir entre eles o lucro que alegadamente será bastante elevado.