O primeiro-ministro , Ulisses Correia e Silva, excluiu a possibilidade de promover um referendo sobre a regionalização do país, considerando que o poder político tem de assumir a responsabilidade de fazer avançar o processo.
“O sistema político deverá assumir as suas responsabilidades. O figurino das autarquias supramunicipais, entre Governo central e os municípios, está previsto na Constituição e o Parlamento deverá decidir”, defendeu Ulisses Correia e Silva.
O chefe do Governo cabo-verdiano falava aos jornalistas, na cidade da Praia, no âmbito de uma conferência para debater a proposta de regionalização do executivo, diploma que se encontra, desde agosto, na comissão paritária do parlamento cabo-verdiano.
“A nossa intenção é introduzir a lei no mês de março”, disse Ulisses Correia e Silva, que precisa de dois terços dos deputados para fazer passar o diploma.
O primeiro-ministro cabo-verdiano estimou em 400 milhões de escudos anuais (cerca de 3,6 milhões de euros) o processo de regionalização, que prevê a criação de 10 regiões administrativas nas nove ilhas habitadas.