Os deputados nacionais voltaram aos trabalhos para a primeira sessão de 2018, tendo como um dos pontos de agenda, uma interpelação do grupo do PAICV, sobre a fragilização do estado de direito democrático, em Cabo Verde. Interpelação feita pelo deputado Walter Évora.
“O debate sobre o estado da nossa democracia é um debate sempre atual e de uma pertinência incontestável e, por isso mesmo, fica difícil entender a posição do MPD que considera não fazer sentido o agendamento desta interpelação”
Para Évora todos tem o dever de trabalhar no fortalecimento da confiança do cidadão nas instituições democráticas. E que se quiser que o cidadão cumpra “o mais simples das regras e das leis”, os políticos têm que ter “um comportamento exemplar no desempenho das funções e cumprir escrupulosamente a constituição”, e as outras leis”, como considera.
E que o patamar conseguido pelo país traz desafios acrescidos que “não são compatíveis com relaxamento e tolerância a práticas desviantes”.
E o deputado sustenta que nesta legislatura tem- se registrado comportamentos do partido no poder que coloca dificuldades em criar uma democracia mais intensa. Como exemplo fornece o incidente “de Presidente da Assembleia da Republica quando uma sessão da parlamentar quando os poderes estavam investidos no Presidente Interino da NA. “O recente acórdão veio confirmar que o Presidente usurpou os poderes de um outro órgão de soberania. Uma manobra para impedir a constituição de uma comissão parlamentar de inquérito”, como acrescenta.
E ainda outros temas mais recentes que o PAICV tem abordado.
O partido considera que espera que o percurso possa continuar para melhorar a democracia nacional. “Por tudo isso consideramos que a casa parlamentar é o espaço próprio e privilegiado para interpelar provocar uma confrontação de ideias em torno da democracia que queremos edificar nestas ilhas e sobre à qualidade do estado de direito que os cabo-verdianos ambicionam
O governo através do Ministro dos Assuntos Parlamenteares, Elísio Freire, considera que Cabo Verde tem um governo transparente que “separa e que presta contas. “Temos um governo que separa partido do estado e respeita a autonomia das pessoas e da sociedade civil”.
Na sua comunicação afirma que a visão do governo é ter um estado moderno, transparente, dialogante promotor da concertação social, justo, descentralizado e regionalizado com instituições credíveis e autônomas. E que tem vindo a dar prova destes pontos.
E a ainda que a visão do governo é baseada em três eixos, qualificar e consolidar a democracia, promover estado moderno, eficiente confiável e parceiro e promover a autonomia da sociedade civil. E considera que é a oportunidade para criar uma nova era.
Para Freire o futuro tem que ser encarado de forma diferente com mais transparecia abertura. E ”maior capacidade de gerir as vulnerabilidades d e dependências externa com as quais o pais se constata”.